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Poesias-->Meu Regaço -- 14/05/2002 - 12:25 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Meu Regaço





A saudade palmilha meu caminho

Feito rastro tatuado em desalinho,

Desatando os passos dos meus versos.

Sou mesmo do sentir andarilha

Na vida, transbordo-me, derramo-me.

Não desejo ser olho de furacão

Onde a calma veste-se em aparência.

Sou assim desmedida, incontida

Não me sabem os comedimentos.

Meu coração não conhece os exílios

Conjuga-me em estremeceres

Reverberando até os meus silêncios.

Só sei-me em palpitares

A pulsar essas tantas letras

Que me rabiscam emoções.

Não me importam as rasuras.

Sou sempre esta folha em branco

Que se deixa escrever pelas mãos da ternura.

Faço do lume de cada palavra

Farol a guiar-me em minhas andanças.

E quando alcança-me o soluço da escuridão

É o traço do colo da poesia

Que colore a minha última lágrima.



© Fernanda Guimarães

Em 14.05.02







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http://br.geocities.com/nandinhaguimaraes
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