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Artigos-->¬¬QUALQUER SEMELHANÇA É MERA COINCIDÊNCIA -- 31/10/2005 - 10:14 (Sérgio Olimpio da Silva Viégas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
&
61510; Se ao leres este capitulo conseguires identificar-te com algum parágrafo, podes ter certeza de que apesar do nome não conferir com o teu, o protagonista és tu..

No limiar aonde a ficção e a anedota chegam a confundirem-se com a verdade e onde a verdade necessita ser mascarada com a piada, por respeito a uma dignidade de alguém, já a muito perdido, neste capitulo criamos nomes de fantasia para os nossos protagonistas.

(notas deste humilde escriba)



&
61510; Na cabeça um mangueira com aba maior que um tacho.

(Mano Lima)



&
61510; Se o diabo vier por um leva todos

(adágio popular)



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61534; Na cabeçada uma galhada maior que uma copada de pinheiro velho

(Este humilde escriba)



&
61510;&
61472;Já quando Deus criou o mundo o diabo criou a esperteza do Arigó.

(adágio popular entre os arigós da CEEE)



&
61510;&
61472;Este mundo é pequeno demais para esconder-se eternamente uma sacanagem

(Este humilde escriba)

&
61510;&
61472;Por menor que fique este mundo sempre há de sobrar espaço para a gente se virar dentro dele.

(Valdir dos Passos)

&
61542;&
61472;Neste mundo três coisas não se recuperam mais: A flecha saída do arco. A palavra maldita ou dita fora de hora.Ea oportunidade perdida.

(Provérbio Chinês)

&
61534; “...eu até posso ser alemão sujo, mas chefe “nenhum come o meu mulher...”. Numa Usina da CEEE dois arigós Brigaram e no meio da briga o Manoel chamou o Frtz de Alemão sujo recebendo por resposta a frase acima. Como a mulher do Manoel também era funcionária, alem de ser um pedacinho de mau caminho, ele preocupado com a possibilidade de algum dos chefes andar chegando no seu docinho foi até o chefe maior pedir alguma providencia sobre o fato quem sabe até dar uma investigada no chefe imediato da esposa. O chefão tratou de tranqüilizai-lo colocando o fato da inveja dos outros pela eficiência de ambos e a rápida ascensão deles naquele departamento, principalmente dela. Só que ele era o único a não saber que tinha ido queixar-se logo para quem andava no seu ninho. Fato não muito isolado dentro da empresa, pois em outra Usina para onde foram mandados quatro engenheiros com a finalidade de moraliza-la, contaram-me por verdade que, um deles foi flagrado verificando a ajustagem fina nos botõesinhos dos seios da Secretária. Também lá pelos idos de sessenta e poucos, pelas bandas do Norte dos estado, um gerente a cada ida a uma determinada agencia, colocava o chefe da agencia a medir um transformador de quinze em quinze minutos, enquanto ele aproveitava o ninho daquele pobre corno.



&
61534;&
61472;Lá na longínqua Fronteira Oeste um peão também foi confessar as desditas para a pessoa errada. Dentro da empresa os chefes, maior parte das vezes, acabam até sendo confidentes, em assuntos domésticos dos subordinados. Nesse caso o chefe era um negrão de marca maior o Ionete. Naquela tarde o Eidí, quando acalmou o movimento no escritório do chefe foi até lá fazer suas confidências. Contar-lhe que a esposa após ter cansado de botar-lhe guampas (cornos) o havia abandonado. Mas a confidência ia mais longe. Ele tinha de contar que entre os freqüentadores dela havia muitos colegas e, foi citando os nomes um de cada vez.

Ao declinar cada nome ele dizia:



“Seu Ionete ,e tem mais gente”



Contam que a cada afirmativa destas o Ionete remexia-se na cadeira, com se ela de uma hora para outra estivesse cheia de espinhos ou brasas, e perguntava:



“Quueeemmmm....?”







Dando um suspiro de alívio ao ouvir o nome do seu Prado ou do Antonio Carlos.

Acontece que o Ionete era o caçula e o único homem de uma família de seis mulheres. Onde seu pai temendo que acontecesse com ele algo relativamente comum em casos semelhantes, onde o maninho menor tende a pegar os mesmos gesto e gostos da manas maiores, emputece e adota um nome feminino qualquer, já de nascimento deu-lhe um. Este nome passou-lhe um recalque tão grande a ponto de leva-lo a comer “até casca de ferida” para provar sua hombridade. E a rica prenda do subordinado, bem como a sua progenitora, haviam sido papadas também.



Logo que o Valter de Bastos recentemente chegado aquele departamento, conseguiu casar-se de novo, foi acampar em um camping da CEEE, junto com um outro colega de serviço o Pedro Beiral. Foram de Barraca levando os filhos, enteados e até a empregada do casal de Bastos. Uma franguinha dos seus dose ou treze anos naquela idade que costuma despertar a cobiça dos tarados, hoje pomposamente chamados de pedófilos. Não sei se De Bastos poderia enquadrar-se nesse tipo de mal além de masoquista. Diziam os ex-companheiros de trago que era meio chegado a bater em mulheres, motivo pelo qual já havia sido abandonado por algumas delas, no mínimo duas ou três. Quando na madrugada foi o estouro. A mulher primeiro flagrou-o tentando entrar para o quarto da menina e depois polpeando-a através da lona divisória da barraca. O flagra provocou sua ira e um olho roxo, testemunho vivo da estória contada no serviço, da esposa a qual só não apanhou mais porque o Beiral a socorreu.. Algum tempo depois quando as influencias e os seus direitos familiares o colocaram de chefe do Beiral, não consegui impor-se sobre aquele. Queria aplicar a moral perdida naquela madrugada. Tendo funestos resultados profissionais para ambos. Ele andou as beiradas da demissão, escapando graças as influencia da família.



&
61534;&
61472;Um gerente lá da fronteira Oeste teve uma ameaça de infarte ao chegar em casa e sua esposa agradecer-lhe o presente alegando que infelizmente tanto ela quanto sua filha eram grandes de mais para usa-lo. Neimar Fiel era um gerente Serissimo, duro, bom administrador defensor da honra e da moral. Membro assiduo do Rotary, gerente da velha guarda, com certeza Masson. Mas por um desses tantos atrapalhos da vida apaixonou-se por duas das suas funcionárias as quais revesava na função de sua secretária. Naquela época haviam duas repubicas no mesmo patio, a casa das moças e a dos rapazes, ambas habitadas praticamente por empregados da CEEE. A mais magrimha e mais feinha das irmãs, mãe solteira, passou em revista toda a casa dos rapazes e os amigos que por lá passavam. Com o evento do casamento da mais velha, embora Neimar continua-se a frequenta-la, o amor pelo segunda aumentou. E quando ela decidiu-se a morar sosinha Neimar não teve duvidas presenteou sua filhinha com um rico quarto infantil. Como realmente aconteceu o engano nós nunca ficamos sabendo. Se ele deu o endereço da amante e o balconista não anotou por saber exatamente onde ele morava ou, se ele esqueceu de citar que a encomenda não poderia ser entregue em sua casa. Mas o inevitavel aconteceu é nos ficamos sabendo da história através do médico que o atendeu com uma ameaça de infarto.



O pessoal da manutençào de subestação que estava trabalhando em Erechim, naquela noite resolveu sair, dar uma olhada nas tias. Estavam longe de casa niguem saberia, afinal só uma olhadinha, até o recem casado concordou em ir. Só que ele não contava com a saudade da esposinha recem casada. Nem com a irritaçào e má educção do Porteiro do Hotel. Ao atender a ligação reconhecendo voz feminina foi lascando de pronto:

“Não adianta ligar aqui para o hotel, vai direto para a boite, pois todos eles já foram para lá.

Foi aquele rolo, estava todo o mundo entregue. Para não sofrer sozinha telefonou para todas as outras esposas.



Perigoso mesmo era o colega João Pedro o homem era tão furioso, que chegou a fazer cinco filhos em dois anos. Três na mulher dele e dois processos de paternidade na rua. Isso que a mulher dele queixava-se da sua falta de comparecimento aos deveres conjugais. No início do ano a esposa teve um aborto. No fim do ano uma criança e, antes desta completar onze meses veio outra. Posteriormente foi condenado em dois processos de paternidade da mesma época. Alguém até culpa a mulher, pois na busca de melhorar a freqüência do marido, tê-lo-ia vitaminado demais.



Ainda lá em Vacaria, o Nego Jaca ( de jacaré), fez um chaveirinho de presente para o amigo Bristotti, tratava-se de um pênis feito em nó de pinho, com uns bons trinta centímetros de comprimento e uns 8 a dez de lombo. O brinquedinho andou e rolou de mesa em mesa na gerência de Vacaria e um dia tomou chá de sumiço. Fui saber noticias dele uns oito anos depois. Havia ido parar na justiça do trabalho lá na longínqua fronteira Oeste, mais precisamente no Alegrete. Como chegou lá, em que bolso ou outro lugar mais adequado foi transportado, eu nunca tomei conhecimento.

Um dia um dos empregados da Gerência pediu à zeladora para lhe cortar um salame. Esta, uma recatada senhora de meia idade, ao desenrolar o pacote desmaiou de vergonha e foi chorando queixar-se ao gerente. Não deu outra, imediatamente o gerente lascou um gancho no dito cujo. Acontece que uma punição, além dos dias perdidos, acarreta outros prejuízos como o atraso na contagem de tempo para licença prêmio. Por isso tal medida disciplinar acaba sempre na justiça e a empresa tem de munir-se de provas e testemunhas. Logicamente que a Dna. Maria da Glória (nome fictício), foi arrolada como testemunha e ao ser inquirida pelo juiz ela respondeu:



“Doutor juiz ele me alcançou um pacote, dizendo que era salame pra mim cortá, só que quando eu desenrolei vi que não era salame, mas um pau de homem de pau”



A audiência quase perde sua total formalidade, pois foi uma risada só, do Juiz aos advogados e demais serventuários presentes.





A Maria Madalena, colega de empresa e esposa de um colega, o menino perigoso já citado anteriormente, numa ultima tentativa de algum comparecimento do marido levou-o até Gramado e lá ao conseguir seu intento após um prolongado tratamento a vinhos medicinais, catuaba e outros afrodisíacos mais, passou dois dias de pernas para cima a fim de não perder o precioso néctar.



Um certo colega, gente fina, o Homem do Chichi Grosso, guindado politicamente numa certa época a integrar o gabinete dos patrões grandes desta empresa, “o amarelão” e chegado a fantasiar as pessoas de guerreiro Viking. Para alguns ele só dava o capacete, mas tinha outros mais aquinhoados que recebiam a espada o escudo e até o barço, (por favor não confundir este personagem com um criolo safado lá das bandas da “Longincua Fronteira Oeste”.já lembrado anteriormente neste cápitulo, Também chegado em distribuindo, graciosamente, este tipo de indumetária), quando foi trabalhar em uma obra la na distante fronteira Oeste, aproveitando-se das facildades de contratação de pessoal, contratou um motorista da localidade. O emprego não foi bem pelos méritos do rapaz, mas pelos exelentes atributos da esposa. Um pedaço de mau caminho capaz de elouquecer qualquer um. E, diziam os conhecidos, trabalhavar muito do bem, na cama. Já nos primeiros dias ele também descobriu a existência de uma cachaça muito saborosa na cidade visinha, Antares (a bela cidade ribeirinha de Érico Verissimo), distante dali uns bons sessenta quilometros. Com essa descoberta foi criado também o hábito de ao menos uma vez por semana mandar, a meia tarde, o Jarbas trazer uma garrafa daquela caninha. Acontece que, como quando Deus criou o mundo o diabo criou a espertesa do Arigó, o motorista descobriu existir da mesma caninha ali no boteco da esquina e bolou a malandragem. Compraria ali e aproveitaria a sobra do tempo para tirar uma casquinha com a mulher velha em casa, aproveitando o horário da escola dos filhos. O chefe quase pegou uma peomonia de ficar com as costas no chão frio embaixo da cama e dias depois resolveu trocar de motorista.

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61510;&
61472;”O seu Dourado é gente fina, muito bom mas tem um xixi grosso e fedorento” Disse-me uma manhã, lá em Uruguaiana, quando trabalhávamos na recuperação da Linha de 230 k, um ex-funcionário do segundo setor de construção de linhas ao referir-se na facilidade que o chefe dourado tinha de dar uma mijada num arigó

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61510;&
61472;Este mundo é pequeno demais para esconder eternamente uma sacanagem. Há alguns anos eu necessitando fazer uma transação imobiliária em uma cidade vizinha, ao procurar uma das imobiliárias locais tomei conhecimento de algo irregular feita por uma das pessoas tidas por decente em meu conhecimento. Nos entremeios do negócio, o proprietário da imobiliária tomou conhecimento da minha profissão e emprego colocando-me ter um amigo na CEEE, o qual lhe foi de muita utilidade em uma época quando secretário de energia elétrica do município algumas usinas hidroelétricas sob sua responsabilidade e uma de suas dificuldades era mandar consertar os disjuntores em Canoas na COENSA. Quando conheceu esse funcionário da CEEE, o qual passou a fazer os consertos, em uma oficina da CEEE, muito mais próximo e sem os transtornos do transporte, pois ele mesmo o fazia com as viaturas da empresa. A grande dificuldade era como efetuar os pagamentos de peças e serviços, pois esta pessoa não podia fornecer nem nota nem recibos. Comentando com outras pessoas de minha confiança confidenciaram que existia gente maior que num passado haviam trabalhado dando assistência técnica para uma Cooperativa ou Companhia de eletricidade. Saindo de manhã da sede, trabalhando durante o dia, nessa firma, no percurso e indo pernoitar numa localidade próxima a uma subestação da CEEE onde trabalhariam no outro dia para justificar a diária. Assim onde jamais, eu poderia imaginar, tomei conhecimento, das artimanhas não só de uma pessoa, considerada por mim como séria, mas de outras chegadas a pregarem uma moral não possuída por eles. Ou como se diz vulgarmente: “Aplicar moral de cuécas”



Durante um jantar no CROM, sentado a minha frente o TICA iniciou a comentar algo desairoso sobre o comportamento de alguns chefes para com uma das telefonistas. Casualmente ao meu lado e a frente dele encontrava-se um chefe de serviço da Sede que lhe perguntou quem poderiam ser tais chefes. O Tica, negrinho “lombo de sem vergonha”, inclinou-se sobre a mesa como quem procura identificar alguém no fundo dela e respondeu:



“Tuuuuu !...e Tuuuuu!..”



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61534; Três males perseguiram-me a vida inteira; o azar, já com um capitulo inteiro dedicado a ele, uma memória privilegiada e safada a lembrar-me sempre de fatos que ninguém quer lembrar, como os ilustres e pomposos chifres de um chefe administrativo e uma língua solta demais sempre inclinada. a soltar palavras fora de hora. Uma das três coisas irrecuperáveis, segundo o provérbio Chinês, é a palavra dita fora de momento. Naquele dia exasperado pela montanha de tarefas deixadas pelo meu chefe imediato antes de entrar em ferias eu exclamei: “



“Com tudo o que Waldemar me deixou para assumir durante as suas férias, no mínimo eu terei de contratar o Marco Antônio para tomar conta da minha esposa, afinal de contas é a única empresa especializada em atender mulheres de maridos atarefados.”



”Não consegui entender o motivo de ninguém ter achado graça da minha piada, se desde que a Terezinha tinha escrito para o nosso colega Valter Ursos, um bilhete contando das aventuras de sua esposa com o Marco Antônio, o assunto virara pilhéria de todo mundo na cidade de Rodeio Xucro. Marco Antônio Decimus Quintus de Paula, era um dos quatro grandes comedores da terra. A esposa do nosso colega, uma potra que era um terror, não havia membro, por mais casto que fosse, a não se irisar por qualquer mirada naquelas cochas dento uma saia curta descendo daquele fusca cinza sem placas. De uma hora para outra estourou na cidade inteira, do delegado de policia ao lixeiro, todo o mundo sabia que ele havia colocado na cabeça do nosso colega uma galhada maior que a ramada de um pinheiro velho. Entendi tudo quando virei-me, No balcão as minhas costas estava debruçado o Valter.



Decorria o ano de l974, quando um colega meu por problemas de família viu-se forçado a transferir-se para uma das grandes Termoeléctricas do estado, decorridos alguns meses quando o encontrei e o inquiri sobre o ambiente em seu novo local entre tantas coisas queixou-se, colocando-me que o ambiente ia mal, a partir do chefe um “nego bobo”. Rimos juntos da piada. Eu fiquei na dúvida se a frase devia-se a etnia do rapaz ou simplesmente um termo pejorativa. Algum tempo após quando veio trabalhar no SMOU/Vacaria (Serviço de Manutenção e Operação de Usinas de Vacaria) o Técnico Mecânico Flavio Monte, um negrão preto como carvão, excelente amigo, oriundo daquela termoeléctrica, lhe perguntei até onde o termo tinha a ver com a cor do engenheiro chefe. Ele deu uma gaitada respondendo:

“A cor dele é como a minha. Com algumas diferenças. Tanto ele como eu somos filhos de pai branco e mão preta. Nós dois nos formamos em mecânica na escola Técnica Federal de Pelotas. Daí para frente começam as diferenças. Eu puxei pela minha mãe preta e nasci preto como carvão. Ele puxou pelos dois e nasceu descascado. Eu casei com uma negra pobre. Ele casou com uma loira rica. Eu por falta de condições e apadrinhamentos continuei técnico. Ele se graduou em engenharia. Por isso eu continuei negro, arigó( na concepção dele) e pobre. Ele Branco, engenheiro e rico. Mas nem por isso ou até por isso. “NEGOBOBO”.



Mera coincidência que, justamente em Uruguaiana e São Borja, apareceu o surto dos granjeiros deixar suspender o fornecimento de nergia elétrica, na entre safra, a energia não paga durante o bombeamento, religando-a novamente no início da outra Safra, seis meses após, mediante o seu pagamento com uma multa de dez por cento em uma época que os juros praticados beiravam os quarenta por cento ao mês. Será que não houve ensinamentos ministrados por alguém de dentro da concessionária?

Como dissemos em outros capítulos. A partir da eleição do governo Jair Soares, mais precisamente do processo eleitoreiro que o elevou a governador do estado, descamba a politicalha dentro da empresa. Principalmente dentro das Gerências. Sendo das pioneiras uma situada lá nos altos da Serra Gaúcha, no noroeste do estado. Durante a Campanha eleitoral a ala Pedro Simom, com a certeza de sua eleição, em lugar nenhum do estado alguém acreditaria, na derrota do Grande Simom para um desgastado afundador da Previdência, saíram da toca e jogaram-se de peito descoberto no inventário dos cargos da gerência. O movimento era liderado pelo chefe Administrativo, candidatado a gerente e pelo chefe da carteira de despesa e pessoal candidatado a chefe administrativo além da preta velha servente. Esta ultima detinha uma grande parcela de eleitordo na vila onde morava, “O Caraa”.. Dando-lhe respeito e poder dentro do diretório político do seu partido. Assim sendo as indicações da CEEE naquela localidade passariam por ela. Qualquer nome teria de ter sua concordância. A cozinha daquela gerência passou a ser o ponto das reuniões e do inventário administrativo daquela gerência. O gerente impotente para uma atitude mais séria, até por tratar-se de assessores diretos e sem querer abrir uma guerra interna, fazia olhos gordos.

Só que o inesperado aconteceu. Veio a surpresa para os apartidários, livres observadores, e para os correligionários de Simom, crentes na derrota do Jair Soares. Com essa derrota ruiu todos os planos da “gurisada medonha”, quem não tinha nada a perder nada perdeu. A “Negra Velha” da cozinha teve de esperar mais quatro anos pela recompensa, com a eleição, apesar de semi-analfabeta, foi promovida a escrituraria na Capital. O chefe administrativo não ganhou a gerência e perdeu o cargo detido por ele. Já com o chefe da carteira de pessoal o buraco era mais em baixo. Ele tinha sangue e papai o “Velho Zeca,” Arena nos quatro costados, esteio muito forte do partido lá pela Capela do Porteiro do Céu e, como não poderia deixar de ser, impôs-se:

“Com meu filho ninguém mexe”



E ninguém mexeu mesmo.



&
61534; Uma tarde, mais precisamente um fim de tarde de um Domingo de primavera, em Maçambará, uma vila perdida na longínqua fronteira Oeste, onde o filho de um velho político, por influencia do falecido pai, colocou uma subestação. Dois Técnicos, o “Membrana” e o “Cagalhão Dourado” ( apelidos dos idos tempos da saudosa Escola Técnica de Pelotas) descornados pelo isolamento, sentindo a nostalgia da pequena vila em contraste com a Capital brincam fantasiando-se de cornos, sem esperar aparecer nenhum ingrediente a mais. Só queriam tomar umas que outras para descansar uma jornada domingueira.

Uma coisa que os contribuintes nunca souberam nem ninguém, interessou-se por contar foi a vida dos montadores. Pessoal de obra tanto de linhas como de subestações. Jornada de vinte e cinco dias mensais. Mês inteiro corrido, sem sábado ou Domingo, dez ou doze horas diáras. Tudo em construção sempre foi para ontem e a medida que a política entra na vida da empresa tudo piora. Os politiqueiros, aqueles detentores de cargos nomeados a custa de sua participação no diretório político, passam amarrar tudo para melhor vender o partido dominante. Se uma subestação tiver condições de entrar em operação em meio de mandato de governo, com certeza, se não houver uma maior pressão ela ira sendo postergada até as proximidades das eleições. Ao findar uma safra toda a empresa sabe exatamente as suas necessidades para a próxima. Mas as obras só serão executadas as vésperas da necessidade. E ao montador cabe aprontar uma obra em tempo recorde.

Alegrete II o plano de construção desta subestação arrastou-se longamente durante todo o ano e de uma hora para outra veio a prosaica decisão: ” Tem de estar pronta até o início do bombeamento.” Mesma ordem para a subestação Maçambará. Para a primeira foi chamado o Téc. Mecânico Carlos Madeira, o “Velho Madeira”, o qual levou uma cama de campanha para dentro da Subestação onde permaneceu quarenta dias sem sair uma hora sequer da obra até vê-la pronta. Eu não sei em que horas ele dormiu, mas eu o encontrei trabalhando as mais variadas horas do dia ou da noite. Assim também aconteceu com Maçambará onde ocorre nosso episódio. Para lá foram outros dois Técnicos os quais mesmo, quando deram folga para as turmas permaneceram dentro da Subestação fazendo as verificações das etapas desenvolvidas até então.

O esgotamento dos coordenadores de obra, nestas condições é uma coisa fenomenal. Com turmas trabalhando até a madrugada e fatos imprevistos para serem resolvidos na hora, eles tem poucas horas para descansar. Nesse limite é admissível alguma brincadeira sem propósito como aquela. Mais uma maneira de ludibriar o Stress, a canseira e a solidão.

Eu nunca consegui entender porque a localização daquela subestação naquele fim de mundo, até acordar-me da situação política daquela região, Conseguindo então ligar o fato à existência de um velho baixinho, chamado “Maneco Vargas”. Quando o operador daquela subestação contou-me um incidente com o Dr. Maneco Vargas citado em Fronteira Oeste.

Mas como iniciamos contando naquela tarde após encerrarem suas atividades os dois colegas de serviço tomaram seu banho e sem mais onde aproveitarem suas poucas horas de folga foram até o bar e lá, não sei porquê e nem eles sabem, resolveram montar a brincadeira.

Eles chegaram no bar, pediram, cada um, um martelinho de cachaça e entre umas e outras começaram a lamentarem-se das fictícias “Guampas”. A esposa tanto de um quando de outro eram mulheres seríssimas. Sem jamais imaginarem haver alguém naquela situação, muito menos tão próximo. Em dado momento um lamentou-se de não ter ido a Porto Alegre e ao ser inquirido pelo amigo justificou-se alegando ser importuno chegar em casa sem avisar a esposa, pois inevitavelmente estaria sujeito a mais uma vez passar pela humilhação de encontrar outro em sua cama. Isso gerou um comentário do amigo lamentando-se de situação análoga. Assim a conversa descambou até os detalhes e vexames passados por cada um. O assunto andava nesses níveis quando em dado momento, um “ermão” de copo, nem notado ainda pela dupla, que “oitavado” no balcão sorvia em pequenos goles o “marvado liquido”, ouvindo os lamentos da dupla encorajou-se, “quadrou” o corpo e aproximou-se dizendo:

“O senhores me desculpem. Mas sem querer eu ouvi a prosa de vanceis e me interessei. Vosmeces num vai credita mas isso tá acontecendo comigo. Não sei mais que faze com a muié véia. Duma hora para outra resolveu dá pra tudo que ande na face da terra e não há nada que faça para. Nem tunda de vara de marmelo bravo.”



A Dupla não sabia onde meter a cara. Foram brincar de corno e conseguiram serem promovidos a confidentes de corno. &
61534;



Cláudio Machado era por natureza um gozador, passou a vida inteira trabalhando de montador. Enquanto teve colegas que formaram-se em engenhária e chegaram a ser Superintendente e a Diretor dele. Alguns continuaram simples, Outros o diploma e o cargo lhes subiu a cabeçã. Como o caso de um pretinho seu colegas de curso técnico. Graduou-se em engenharia , pós graduou-se nos estranjas. teve cadeira no Amarelão etc. Com tudo isso olhava todo o mundo por cima do ombro.. Entrava no elevador onde estava o Claudio. Só dando-lhe um rápido comprimento ao descer do elevador.

“ esse cara vai passar a me cumprimentar direito”

pensou Claudio:

No próximo encontro de elevador, mal o colega embarcou,B gritou:

“Como vai negrão”

Dali para a frente antes do grito do Cláudio o outro adiantava-se dizendo:

“Bom dia Claudio, como estas?”



Contaram-me por verdade e por verdade lhes conto. Que de político em político, de governador em governador, com os desmandos crescendo em ordem geométrica contaminando todo o estado, chegado a Terceira Gestão da abertura política, la pelas fronteiras de Rio Grande sem fim, foi parar uma mulher de Gerente. Oriunda dos Serviços Administrativos. Em uma reunião dos gerentes com o Diretor da Área e o diretor presidente da CEEE; ambos posteriormente demitidos da CEEE, supostamente por improbidades administrativas; os outros gerentes chegaram a sentir uma ponte de ciúmes da cotação dela com os diretores e o seu superintendente. Ela era vista ora conversando com o presidente ora com o diretor ora com o superintendente. Aparentemente sua cotação alcançava o limite máximo com os chefões pois era o centro de suas atenções. Até vir a tona o teor dos assuntos ou melhor dizendo do assunto Ela simplesmente, ao descobrir a fonte de renda que era o sobreaviso, cometera a imoralidade de escalar-se, em todos os fins de semana. Pior ainda em se tratando de alguém não oriundo de área técnica. Ela não estava sendo alvo das atenções no bom sentido, mas sim alvo de reprimendas. Cada um dando-lhe uma nova mijada e exigindo a devolução de todos a remuneração auferida em sobreavisos. Ela sobreviveu a esses dois diretores, e eu não acompanhei mais o processo naquela gerência. Com certeza deve ter voltado a escala de sobreaviso.













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