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Artigos-->AGONIA DE UM PAÍS CHAMADO BRASIL -- 29/10/2005 - 15:38 (Filemon Francisco Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




AGONIA DE UM PAÍS CHAMADO BRASIL





Filemon F. Martins





Enquanto o Brasil está mergulhado numa crise política e moral sem precedentes, com denúncias de corrupção por todos os escalões e todos os setores, afetando a vida nacional, o governo do PT e seu líder maior, representado pelo Presidente da República, continua viajando confortavelmente pelo mundo, como se nada estivesse acontecendo por aqui. Num passado recente quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) se transformou no mais famoso turista do Planeta, ninguém poderia imaginar, em sã consciência, que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de eleito, arrebataria o título de FHC. Ou será que as viagens são subterfúgios para quem pensa que está governando e fingindo que está tudo sob controle quando lhe convém?

Quem não se lembra dos discursos inflamados, das promessas de administrar o País com austeridade, da propalada ética na política e que deveriam nortear o novo governo? Foram debates importantes e inesquecíveis. Pena que os protagonistas, logo depois de conquistarem o poder, trataram de esquecer tudo.

As preocupações e prioridades se voltaram para o “mensalão” e o “mensalinho” deles. Hoje, segundo o presidente da República, referindo-se a parlamentares do PT, cujos votos estão vinculados às contas do empresário Marcos Valério, acusado de operar o “mensalão”, eles “erraram, mas não são corruptos”. O fato é que não se pode construir um Brasil justo e livre, no qual o cidadão possa crescer, viver, trabalhar, estudar e orgulhar-se de sua Pátria, beneficiando-se políticos trambiqueiros, desonestos e interesseiros.

Parece que ao governo não interessam o combate às organizações criminosas, ao tráfico de drogas, ao comércio ilegal de armas, as políticas de valorização dos trabalhadores. O que importa é arrecadar fundos (caixa dois) para perpetuar o partido no poder. Enquanto nossos governantes não compreenderem que o dinheiro público não lhes pertence, enquanto nossas leis não forem cumpridas com rigor, a impunidade continuará medrando e nunca teremos um Brasil decente.

Por que o governo não investiu mais em educação, saúde, habitação, transportes, geração de empregos, segurança pública, melhores salários para professores, educadores e policiais, com treinamento educacional e mais equipamentos? Por que não investiu mais no desenvolvimento, na capacitação, no aprimoramento dos servidores públicos, que nestes últimos dez anos foram relegados à categoria inferior, subtraindo-lhes direitos constitucionais, através das reformas Administrativa (1998) e da Previdência (2003), com a inexplicável anuência do Supremo Tribunal Federal?

Palavras de Lula no governo: “Que ninguém se iluda sobre minha fidelidade às minhas origens. Este é um governo de homens e mulheres probos. Chegou a hora da colheita do muito que plantamos”. Muito bom. Ninguém duvida, mas, infelizmente dentro do governo existem duas frentes, uma é a aparente e a outra, a real. A aparente é o que se vê na televisão, tudo bem arrumado, certinho, saúde a contento, educação, transportes, segurança pública, agricultura, tudo perfeito na propaganda, enquanto a real é exatamente o oposto e o povo quase não percebe. De quando em quando surgem algumas denúncias de corrupção, compra de votos, tráfico de influência, favorecimentos, nepotismo, apenas a ponta de um gigantesco “iceberg”, que o cidadão mesmo jamais conhecerá.

O pior é que o exemplo tem sido copiado em quase todos os Estados Brasileiros. Onde quer que se vá, saúde e educação são precárias, segurança não existe, o transporte coletivo é uma calamidade, a miséria tem aumentado e a violência toma conta das cidades. As estradas brasileiras estão deterioradas, intransitáveis e conforme os governos Municipal, Estadual e Federal não há dinheiro para recuperá-las.

Diante deste quadro triste e desolador, é muito difícil ser otimista, ainda que reste a fé e a decência de muitos cidadãos lutando contra essa corja privilegiada que se julga dona do dinheiro público, presentes no Executivo, Legislativo e Judiciário, onde perpetuam falcatruas para todos os gostos. Até quando, Brasil?





www.filemonmartins.com.br

filemon.martins@uol.com.br











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