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Artigos-->QUEM FOI PARSONDAS DE CARVALHO? -- 14/10/2005 - 22:25 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
QUEM FOI PARSONDAS DE CARVALHO?





Mário Ribeiro Martins*





(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).



PARSONDAS DE CARVALHO(João Parsondas de Carvalho), de Riachão, Maranhão, 1856, escreveu, entre outros, “AMAZÔNIA-DO GURUPY AO BALSAS”, sem dados biográficos e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via texto publicado.

Vinculado ao Tocantins, por ter feito estudos especiais sobre o norte de Goiás, hoje Tocantins, focalizando vida e costumes das populações ribeirinhas tocantinenses.

Filho de Miguel Olímpio de Carvalho. Irmão, entre outros, de Carlota de Carvalho e Emídio Olímpio de Carvalho. Neto de José Joaquim de Carvalho, professor, procedente de Santa Rita, na Bahia.

Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Carlota e seu irmão Emídio formaram normalistas em Belém do Pará, sendo nomeados professores pelo Governador da Província do Pará, Desembargador Joaquim da Costa Barradas para a Vila de Bailique, Comarca de Macapá, hoje pertencente ao Amapá.

Parsondas passou por Belém, onde foi Redator do CORREIO PARAENSE e foi para o Rio de Janeiro, continuando como jornalista. Quando Rui Barbosa assumiu a direção do JORNAL DO BRASIL(JB), em 1893, lá estava Parsondas de Carvalho, como um de seus redatores, tendo, na época, 37 anos de idade. Rui, no entanto, foi exilado. Com a revolta de setembro de 1893, refugiou-se na Legação do Chile. Sob ameaça de morte, exilou-se em Buenos Aires, na Argentina. Em 1894, foi para Londres, Inglaterra, de onde escreveu, em 07.01.1895, as famosas CARTAS DA INGLATERRA, publicadas no JORNAL DO COMMERCIO. Só retornou do exílio, em 1895, elegendo-se Senador.

Com o exílio de Rui, Parsondas foi perseguido e deixou o jornal. Em 1901, Parsondas, de férias, esteve em Conceição do Araguaia e nesta ocasião assistiu ao embarque da Professora Leolinda Daltro que se fazia acompanhar do caudilho Coronel José Dias Ribeiro, com destino ao Rio de Janeiro. Sobre Leolinda chegou a escrever: “DECIDIDA, RESOLVIA TUDO SEM O MENOR EMBARAÇO, COM RESPEITO E AUTORIDADE”.

José Dias faleceu alguns dias depois, no Rio de Janeiro, de varíola e foi enterrado no Cemitério de Jacarepaguá, conforme narrativa de Dunshee de Abranches, no livro “A ESFINGE DE GRAJAÚ”, que, inclusive o recepcionou em sua residência, no bairro de Icaraí, juntamente com a professora Leolinda Daltro e muitos indios.

Ainda no ano de 1901, Parsondas proferiu Conferência sobre Democracia no Centro Operário do Rio de Janeiro, então presidido pelo Deputado Nilo Pison.

Na casa de Parsondas, no Rio de Janeiro, hospedava-se Carlota, sempre que ia à cidade maravilhosa. Numa dessas ocasiões(1919), permaneceu onze meses, com uma perna quebrada.

Dele(de Parsondas) deu notícia o jornal A PACOTILHA, de 28.04.1919, ao dizer: “Pelo Acre, seguindo hoje, para o Rio de Janeiro, veio trazer-nos as suas despedidas o nosso confrade e ilustre historiador conterrâneo Parsonadas de Carvalho, a quem desejamos uma boa viagem”. Parsondas tinha 63 anos e ela(Carlota) 52 anos. Carlota publicou em 1924, o livro “O SERTÃO”.

Parsondas faleceu em 20.07.1926, na região de Montes Altos, Maranhão, com cerca de 70 anos de idade, portanto, quatro(4) anos depois de Carlota preparar o livro para as comemorações do CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL, em 1922.

Embora não seja nem ao menos referido no livro de Carlota, foi um dos maiores intelectuais da época, no Maranhão e conforme determinados estudiosos, teria sido o verdadeiro autor do livro publicado pela irmã, em 1924, o que não tem procedência, eis que várias partes do livro são o resultado de viagens feitas por ela como professora.

De qualquer forma, esta versão de que o livro não foi escrito por ela, é dada, entre outros, pelo ex-aluno Augusto de Oliveira Milhomen, em seu livro “ABRINDO CAMINHOS”, publicado em 1995 e também pelo Padre Luiz Gomez Palacin, em seu livro “CORONELISMO NO EXTREMO NORTE DE GOIÁS”.

Parsondas de Carvalho foi membro do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão. Escreveu também “AMAZÔNIA-DO TARTARUGAL AO GURUPY”. Publicou artigos em jornais e revistas, entre os quais, “A PACOTILHA”, de São Luis e na Revista da Sociedade Geográfica do Rio de Janeiro, na qual ingressou em 1904.

É mencionado em dezenas de livros, destacando-se “CAMINHOS DO GADO”, de Maria do Socorro Coelho Cabral e “MUCUNÃ-CONTOS E LENDAS DO SERTÃO”, de Moura Lima, que lhe dedicou um capítulo especial.

Encontra-se na ESTANTE DO ESCRITOR TOCANTINENSE, da Biblioteca Pública do Espaço Cultural de Palmas. Biografado no DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS, de Mário Ribeiro Martins, MASTER, Rio de Janeiro, 2001. Na Academia Imperatrizense de Letras é Patrono da Cadeira 02, ocupada por Sálvio Dino.

Através da instrumentalidade de Agostinho Noleto, então Presidente da Academia de Imperatriz e graças ao seu pedido, o Juiz de Direito de Montes Altos, Maranhão, Dr. Armindo Nascimento Reis Neto, proferiu sentença em 25.04.2005, concedendo alvará para que os restos mortais de Parsondas de Carvalho, fossem transferidos do lugar chamado Regalo para o Cemitério Público de Montes Altos.

Espera-se para a ocasião da trasladação dos restos mortais, também o lançamento do livro de Sálvio Dino sobre Parsondas de Carvalho.

Apesar de sua importância, não é mencionado no DICIONÁRIO BIBLIOGRÁFICO BRASILEIRO(1883), de Sacramento Blake, no DICIONÁRIO HISTÓRICO-GEOGRÁFICO DA PROVÍNCIA DO MARANHÃO(1870), de César Augusto Marques, não é estudado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2002 e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.

É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site www.usinadeletras.com.br ou www.mariomartins.com.br

Várias cidades brasileiras prestaram homenagem a Parsondas, entre as quais, Carolina(MA)- Rua Parsondas de Carvalho, Grajaú(MA)- Rua Parsondas de Carvalho, Imperatriz(MA)- Escola Municipal Parsondas de Carvalho, João Lisboa(MA)- Rua Parsondas de Carvalho, Marabá(PA)- Travessa João Parsondas de Carvalho, Montes Altos(MA)- Escola Estadual Parsondas de Carvalho, Porto Franco(MA)- Rua Parsondas de Carvalho, Riachão(MA)- Praça Parsondas de Carvalho, Sitio Novo(MA)- Escola Estadual Parsondas de Carvalho, Tocantinópolis(TO)- Rua Parsondas de Carvalho.





NOTA: Sálvio Dino publicou o livro “PARSONDAS DE CARVALHO-UM NOVO OLHAR SOBRE O SERTÃO”, pela Editora ETICA, de Imperatriz, em 2007, com notas de orelha do Senador Edison Lobão e prefácio de Milson Coutinho. Livro de excelente qualidade, trazendo fatos interessantíssimos, inclusive o PROCESSO-CRIME a que foi submetido Parsondas de Cavalho, em maio de 1911, em virtude de “desacato à autoridade”.





*Mário Ribeiro Martins

é Procurador de Justiça e Escritor.

(mariormartins@hotmail.com)

Fone: (063)99779311 (063) 3215 44 96

Caixa Postal, 90, Palmas, Tocantins, 77001-970.

www.mariomartins.com.br











Comentarios

Graça Ferraz  - 18/11/2023

Que coisa boa!
Alguma coisa sobre eles. Principalmente, ele, Parsondas.
Pelo fato de termos mais acesso a.materiais sobre ela. Parabéns! Muito obrigada!!!!

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