Eu quero ouvir a chuva no telhado.
Lembrar do teu rosto amorenado.
Falar comigo mesmo de tua beleza selvagem, antagônica a normalidade, a me fazer afeiçoar a tua realidade.
Se vieres comigo abro-te a porta desse mundo desorganizado, sem janelas ou paredes que prendem a nudez ao corpo.
Descerei sem leis as mãos a tua carne, tercerei um acorde nas linhas que versam a tua boca e te pedirei, olhando em teus olhos negros profundos, pra me permitir saldar o profano desejo, com um beijo molhado.
Eis que a luz do quarto acesa velara esse desejo vôraz no escuro.;
Eis que deitada no dorso da cama, eu ouvirei o teu gemido e as tuas confidências em segredo.
Se for efêmero o meu sentimento, perdoe-me a vulgaridade de homem.;
Porém se for eterno, por favor, não exite e me ame, pois o puro amor não pode esperar pra viver. |