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Artigos-->A COLUNA PRESTES E O FUNCIONÁRIO DA PREFEITURA DE PALMAS. -- 14/10/2005 - 10:44 (Mário Ribeiro Martins) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A COLUNA PRESTES E O FUNCIONÁRIO

DA PREFEITURA DE PALMAS.



(REPRODUÇÃO PERMITIDA, DESDE QUE CITADOS ESTE AUTOR E O TÍTULO).

Mário Ribeiro Martins

é Procurador de Justiça e Escritor.*

(mariormartins@hotmail.com)



O funcionário da Prefeitura de Palmas, cujo nome não foi revelado, a que se refere Alexandre Acampora, em seu artigo “A COLUNA PRESTES PRESTA?”, no JORNAL DO TOCANTINS, Palmas, 14.10.2005, parece não ter lido o livro ENTRE SERTANEJOS E INDIOS DO NORTE, do Frei José Maria Audrin, publicado pela Editora Agir, do Rio de Janeiro, em 1946.



O capítulo XXVI, do referido livro, tem como sub-títulos: “A COLUNA PRESTES NA CIDADE E NA DIOCESE DE PORTO NACIONAL- Detalhes pitorescos- documentos inéditos- a verdade sobre a Coluna pelos Sertões do Norte”.



É de bom alvitre relembrar alguns parágrafos do dito livro, mesmo porque o autor é o Frei José Maria Audrin, Superior do Convento Dominicano em Porto Nacional.



Diz ele: “Encarregados da Paróquia e do Bispado, na ausência de Dom Domingos Carrerot, eu e o meu companheiro Frei Bertrand tudo tentamos para acalmar o povo, impedir o abandono dos lares e a corrida para os matos. Tudo em vão. As autoridades eram as primeiras nessa carreira louca- Intendente, Juiz de Direito, Delegado, Promotor, Policiais, etc.”



“Ficamos quase sós, os Padres, as Irmãs, um grupinho de homens e algumas velhinhas mais confiantes em Deus e mais obedientes aos Missionários”.



“No dia seguinte, recebi uma carta assinada pelo General Miguel Costa, pelo Coronel Luiz Carlos Prestes e pelo Tenente-Coronel Juarez Távora tranqüilizando a população de Porto Nacional. Pelas 11(onze) horas do dia 12 de outubro(1925), entrou na cidade uma forte vanguarda chefiada pelo Comandante Paulo Kruger. Pelas duas(2) horas da tarde, chegou o primeiro batalhão comandado pelo Tenente-Coronel João Alberto Lins”.



“Nos dias 13, 14 e 15 desfilaram pela cidade episcopal de Dom Domingos, os três batalhões, chefiados, respectivamente, pelos Tenentes-Coronéis Cordeiro de Faria, Antonio Siqueira Campos e Djalma Dutra. Os Revolucionários perfaziam um total de 1.700 homens espalhados pela cidade. Permaneceram entre nós, os serviços de policiamento e a guarda do Estado Maior, constituído pelo General Miguel, por Prestes e por Juarez Távora.”



“Estes distintos oficiais aceitaram instalar-se em nossa casa e conosco ficaram sete dias. Uma rigorosa disciplina reinava na cidade. Nas rezas do mês do Rosário, à noite, a igreja via numerosos soldados unidos às nossas orações. No domingo, os gaúchos pediram licença para cantarem os “benditos” de sua terra longínqua. Houve mesmo batizados de criancinhas de mulheres casadas ou não que acompanhavam a coluna”.



Finalmente, escreveu o Frei José Maria Audrin: “Feitas estas declarações exigidas pela verdade histórica, é-nos sumamente grato recordar e publicar que, de todos os componentes do exército revolucionário, foi o então Coronel Luiz Carlos Prestes o mais atencioso e delicado para nossos sertanejos. Também a justiça obriga-nos a declarar que os Revoltosos de 1925-1926, concluídas as lutas e alcançada a vitória, tem continuado a lembrar-se com afetuosa gratidão dos Missionários de Porto Nacional”(Frei José Maria Audrin, ENTRE SERTANEJOS E INDIOS DO NORTE. Rio de Janeiro, AGIR, 1946, páginas 247 a 261).



Para o funcionário da Prefeitura, no entanto, conforme Alexandre Acampora, "a Coluna Prestes não prestou para nada, a não ser para aborrecer Dona Nonô de Porto Nacional". Mas como disse Alexandre: "Pobres de nós, crédulos estudiosos da história, enganados pelo reconhecimento internacional da marcha da coluna e por todos os estudos de sociologia política e de história".



*Mário Ribeiro Martins

é Procurador de Justiça e Escritor.

(mariormartins@hotmail.com)

Fone: (063)99779311 (063) 3215 44 96

Caixa Postal, 90, Palmas, Tocantins, 77001-970.

www.mariomartins.com.br

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