Inerte...
Os olhos mortos de pálidos sofrem pelo corpo cuja cabeça está pesada.
Embora todos os dias sinta o prazer...Seus lábios a me beber.; Suas mãos a me afagar e cheia de vontade, de amor pra me oferecer, não salva a minha alma, não redime a minha consciência.
Quando saio desse mundo balbucia no escuro a culpa.
Diante da janela fixo no tempo que não repousa,mas deixa-me a revolver o passado pra viver um fio de vida, nesse calvário, que noite e dia lateja em dor, lateja em maior intensidade.
Com os pés mergulhado na lama a morte me consome, a verdade que espreito me tortura e a liberdade me faz andar a todo segundo só, sem eira nem beira...
Sem fixar vida.
E sem sáida esse homem meu não conseguindo alcançar luz... Conjuminando o pecado, alimenta mais e mais a ferida, que não cessa de sangrar... Que não cessa de sangrar.
Que não tem mais vida apesar de andar.
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