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Artigos-->LULA E A REFORMA DA CASA -- 06/10/2005 - 11:38 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


LULA E A REFORMA DA CASA

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



Quem não se lembra, quando as emissoras de televisão veiculavam propaganda governamental explicando, através de metáforas, o porquê da demora nas mudanças? Diziam que Lula viera para mudar. Mas que não tinha pressa. O que sugere andar a passos de tartaruga. Sem barulho, pois não quer incomodar ninguém. Nada de derrubar paredes. Daqui para a frente tudo será pensado e refletido. Planejado. Esse era o recado do presidente. Sinal de que o programa do candidato, em tese, não existe. Nada de concreto, até agora, como se vê.



Mas a urgência é patente. Contra os fatos não existem argumentos. A casa foi construída em cima de um barranco. Corre o risco de desabar a qualquer momento. Basta um chuva para que seus moradores fiquem em situação de risco. O governo anterior não levou a sério a questão da política habitacional.



Na casa, há goteiras por todo o telhado. As pessoas adoecem e não encontram assistência médica. A rede pública hospitalar está falida. Sem remédios, sem recursos técnicos suficientes e com sua força de trabalho desmotivada. Há mais de oito anos que os salários da maioria dos servidores públicos não são reajustados. A despeito do mandamento constitucional que estabelece reajustes lineares e anuais, para todos os servidores, objetivando recompor as perdas havidas no período.



E tem mais: há pouca comida na dispensa; não se vislumbram condições de restabelecer o estoque de alimentos. O chefe da família está doente e desempregado. E para complicar, já passou dos quarenta anos. Não conseguiu concluir o segundo grau. Tem sido, portanto, preterido na hora de pleitear um emprego. Emprego, aliás, cada vez mais escasso, em virtude da equivocada política econômica que tem como âncora os recursos provenientes do capital especulativo internacional.



Todos, pais, filhos e esposa, aguardam pelos programas “Fome Zero’, “Primeiro Emprego” e a prometida reciclagem profissional para os maiores de quarenta anos. Todos têm pressa. A fome não pode esperar, conforme Vossa Excelência mesmo disse.



Pois quando a família consegue algum auxílio extra, mal dá para pagar a conta de luz que – tal como os remédios -, aumentam quase que toda a semana. Sem que o próprio presidente tenha conhecimento. Resquícios de contratos lesivos à sociedade, assinados na gestão anterior e que, por isso mesmo, precisam ser revistos. Em nome do poder discricionário que tem a Administração, e que deve agir, sempre, no seu interesse e conveniência. Não se trata, portanto, de descumprimento de contratos. Mas do direito de restabelecer o ponto de equilíbrio entre os deveres e obrigações das partes, em benefício da sociedade, como um todo.



E a coisa não pára por aí. Quando sobra algum trocado, todos os recursos são direcionados para o pagamento de juros, por conta de uma dívida que cresce de forma geométrica, e que, por isso mesmo, não se acredita que ela será paga um dia.



Até concordo que não se deva correr tanto. Mas precisamos agir com um pouco mais de pressa. Urge lembrar ao dono da casa que o governo FHC já terminou. Talvez ele não saiba. E que agora, que a esperança venceu o medo, necessitamos iniciar as reformas e as mudanças prometidas.



Até porque, se demorarmos mais um pouco, nem o material de construção será possível comprar, pois as inflação já deu mostras de que está viva. Vem crescendo aos poucos.. E, sendo assim, corremos o risco de, mais uma vez, termos que adiar as reformas.



Por isso, apelo a Vossa Excelência no sentido de que mande colocar, imediatamente, à frente da casa, um cartaz com os dizeres: MUDANÇAS E REFORMAS - HOMENS TRABALHANDO. ESTAMOS CONSTRUINDO UM NOVO BRASIL. ENGENHEIRO RESPONSÁVEL = LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA.





Artigo contido no livro "Fragmentos do Cotidiano", do autor, em 02 de março de 2003 (texto inicial)

Brasília, 06 de outubro de 2005 – Continua tudo atual.



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