Foi mais forte que eu. Aquela coisa, o mineiro dá um boi para não entra na briga, e uma boiada para não sair. Falou em mim, falô.
Porque vc se esconde atrás de um pseudônimo e grita sempre na segunda pessoa do singular, meu caro? Eu achei que tu fosses paulista. Agora pareces conterrâneo de Hitler, gaúcho colonizado, raspa do tacho do Reich.
Quando não se sabe a identidade de alguém, a moda na Usina é dizer que é o Zé Pedro. Se esse alguém ataca Zé Pedro, aí dizem que é a criatura atacando o próprio criador e se realimentando.
Mas eu tb quero impedir que sua mão de gato atinja a abóbada da nossa amiga Bia. Sei que vc sonha em fazer com a abóbora o que Cony fazia com as bananeiras. Ah, Cony! Outro dia o cara travou uma tertúlia com o Louro José. Isso, quando não está visitando castelos na Eurodisney. E falou que o Bob Fields era mais inteligente que a esquerda. Cony merece o chapéu de cone que eu senti que ele merecia ao avacalhar com o Glauber.
Cony sempre foi avacalhativo. Melou o Jango ao apoiar o golpe de 64. Depois virou uma Madalena arrependida (mas com prestígio de anjo Gabriel) da classe média, ao contestar o regime militar. Fez o livro Pessach a Travessia, atrapalhando também a resistência à ditadura, chamando ao fim do livro o partido comunista de traidor do movimento. Entre o ato e flato, lançou Pilatos, bizarro romance onde o protagonista acaba por comer o próprio pau num cozido de abóbora. Ele sempre trabalhou para o Bloch e foi uma mistura de Jorginho Guinle e Luiz Carlos Prestes. Significativo, não? Só não dá para chamar de intelectual. Ainda bem que ele mesmo não gosta.