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Artigos-->Bento XVI e o julgamento de Boff -- 05/10/2005 - 09:36 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Bento XVI e o julgamento de Boff



por Rafael Vitola Brodbeck (*) em 05 de outubro de 2005



Resumo: Colocar a culpa em Bento XVI pela condenação de Boff é tão absurdo quanto, mutatis mutandis, criticar um juiz que aplica a lei a um bandido.



© 2005 MidiaSemMascara.org



Inacreditável seria se Genésio Boff, ex-frei Leonardo, ficasse calado ao saber que o novo Papa é o Cardeal Joseph Ratzinger. Nada mais esperado que ouvirmos suas estapafúrdias e repetidas alegações, tachando o agora Bento XVI de retrógrado, conservador, entre outros adjetivos - fazendo eco aos inimigos da Igreja.



A origem de tanta amargura de ex-Leonardo (ex-franciscano, ex-católico etc.) está no processo que sofreu junto à Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, da qual o Sumo Pontífice gloriosamente reinante, à época cardeal, era o prefeito. De fato, no desenrolar dos procedimentos verificou-se a flagrante contradição entre os ensinos de Boff e a doutrina católica, o que resultou na sua deposição da cátedra, no silêncio obsequioso que foi obrigado a observar, e na condenação a seu livro-panfleto "Igreja, carisma e poder."



Claro que essas penas não foram injustas! Após minuciosa análise das teses boffianas por peritos em teologia, chegou-se à elementar conclusão de que elas não representavam a Fé Católica. Ora, se algo é estranho a uma crença religiosa, é evidente que seja proibido pelas autoridades da mesma de ser pregado por quem se diz pertencente a tal religião. Noutras palavras, o livro de Boff não é católico simplesmente porque... ensina doutrinas não-católicas. Não entendo o motivo de tanto ataque, alarde e insatisfação! Se Boff não tem idéias católicas, não professa o credo católico, não obedece às autoridades católicas, prega doutrinas contrárias à Fé Católica, por que ficou magoado quanto Ratzinger só confirmou tudo isso com seu julgamento, o que o próprio ex-Leonardo já apregoava em seu livrinho? Se Genésio Boff, ex-OFM, crê de modo diferente dos católicos, que funde sua própria igrejola!



Ninguém é fisicamente obrigado a ser católico. Mas os que são devem crer na doutrina em toda a sua integridade. A Igreja não é um supermercado, onde escolhemos o que nos agrada e descartamos o resto (para comprar, talvez, em outro lugar, "mais barato"). Ou cremos em tudo ou não cremos em nada. Ser católico não é rezar orações católicas, ou ter sido criado no catolicismo, ou ir à Missa: ser católico é aderir ao Romano Pontífice, obedecendo suas ordens (por sua suprema autoridade de governo) e crendo em seu Magistério (por sua suprema - e infalível - autoridade de ensino).



Colocar a culpa em Bento XVI pela condenação de Boff é tão absurdo quanto, mutatis mutandis, criticar um juiz que aplica a lei a um bandido. O crime foi cometido por este último; o magistrado só julgou, com base em provas concretas, e o condenou. De igual modo, foi Boff quem pregou doutrinas anticatólicas: poderemos culpar Ratzinger por fazer seu trabalho, por ser fiel à sua função, por condenar quem efetivamente cometeu um erro? O católico errará em observar os ditames de sua religião, restando que o verdadeiro "católico" (um desses "Boffs" da vida) seja quem professa doutrinas contrárias à Igreja Católica?



E não se diga que foi desrespeitada a liberdade de expressão! Boff pode pensar e expressar o que quiser. Mas não cabe, pensando diferentemente da Igreja, aspirar ser católico, pelos motivos já aludidos. Boff e Igreja Católica são excludentes!



O que Genésio quer é aparecer...





(*) O autor é advogado e escritor.









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