Amigo Jorge Ribeiro
Não sei a sua idade
Nem mesmo se é cristão
Nem devo falar, é verdade
De política e religião
Que aqui foi proibido
Evitando que algum atrevido
Pudesse causar confusão
Mas seu caso é diferente
É caso de cirurgia
No olho, disse a Maial
Doutora da poesia
Já fez seu diagnóstico
E deu até prognóstico
Com beleza e maestria
Até a rainha Milene
E o nosso amigo Fiúza
Deram seu parecer
A coisa não é confusa
Basta rezar e ter fé
Num instante fica de pé
Se essa dupla se usa
De minha parte aceite
Sucessos e volte breve
Com o olho bem curado
Não precisa fazer greve
Voltar a enxergar bastante
Será bem gratificante
Duvidar ninguém se atreve
Quanto a pergunta que fiz
Sobre qual a sua idade
Foi pra ter logo a certeza
Vou lhe falar a verdade
Pensei no olho de trás
Exame que o homem faz
Por força da necessidade
Pior quando o urologista
Tem a sua mão comprida
Pega a gente de surpresa
Bota o dedo na ferida
Do jeito que eu lhe digo
Como aconteceu comigo
Num passar de minha vida
Mas agora estou curado
Esqueci o ocorrido
Coisas de homem velho
De homem muito vivido
Quando a idade vai chegando
Todo mundo vai botando
O dedo onde não é devido
PS: Em favor do amigo Jorge Sales Ribeiro. Boa sorte!
”Em vós, Senhor, procuro abrigo; Não seja eu jamais confundido! Livrai-me na Vossa justiça! Inclinai os vossos ouvidos à minha voz. Apressai-vos em meu socorro. Sede-me uma rocha protetora. Cidadela forte que me salve. Sim, minha rocha e minha cidadela sois Vós. Para honra do vosso nome, conduzi-me e guiai-me.”Livro dos Salmos” Bíblia Sagrada. Edição Ecumênica. Tradução do Padre Antônio Pereira de Figueiredo.