Nesta minha oração para a entrada de um novo ciclo solar, vou fazer algumas afirmações e desejos. Vou entender os “parabéns” como “seja feliz” e vou por isso em prática. Não quero que seja algo morno, superficial, somente da boca para fora. Não quero que seja uma extensão daquele repetitivo e insosso “Feliz Ano Novo” das viradas de ano. Quero algo para valer, que sacuda o meu novo ano, o meu novo ciclo solar. Quero, eu mesmo, me desejar o verdadeiro “seja feliz” e parar de me boicotar nessa onda. Quero parar de culpar o outro pela minha infelicidade aqui ou ali. Quero colocar nesta minha oração que eu farei de tudo para perceber quando estou sendo “dodói” ou “coitadinho de mim”, um canceriano arcaico, dentro da concha e sem luz, como já fui no passado. Quero dizer a mim mesmo, quando estiver triste, que se eu olhar para o alto e escolher um padrão diferente para viver, eu definitivamente consigo. Quero dizer aos céus que creio nas aplicações da Física Quântica na vida, mesmo com a oposição dos colegas acadêmicos que se dizem “sérios”. Prefiro muito mais ser feliz a ser sério. Quero pedir ao meu guia espiritual que eu entenda que tenho Deus aqui dentro e que tudo é possível com essa visão. A Bíblia diz isso em várias passagens. Quero andar sobre as águas, sejam essas quaisquer águas. Quero curar e ser curado em todos os detalhes do físico, do emocional, do espiritual. Quero meu guia espiritual sempre pertinho de mim neste novo ciclo solar. Quero meu anjo da guarda me guardando, me guiando. Quero abrir espaço para a minha criança interior, quero me permitir ser criança, brincar, cantarolar, sorrir das pequenas coisas da vida. Quero me jogar no chão para brincar com os cães, andar nu em casa, conversar comigo mesmo, vibrar com as músicas de Burt Bacharach, mexer com a bela moça que passa na rua sem ela saber, abençoar os idosos por quem passo, fazer uma oração rápida para eles. Quero me permitir cada vez mais. Quero entender que sou suficiente, mas também não sou. Por isso mesmo, sou um paradoxo. E é muito bom viver o paradoxo, necessário até. Temos apenas vislumbres do que é a vida, sabemos muito pouco, mas quero viver esses vislumbres intensamente neste novo ciclo. Quero viver esse paradoxo de forma muito gostosa, inteira, vibrante, sem ficar preso às sabotagens dos grupos fechados que vem dizer os “tem que” da vida, o que pode e o que não pode. Quero vida verdadeira, vida em abundância, vida sem limites e sem contornos, embora ela os tenha. Quero pensar “mais” e receber mais em tudo. Não quero mais pensar “menos”, receber menos e dizer que “Deus quer assim” ou que essa é “a vontade de Deus”. Muito embora é a vontade de Deus que tudo permeia, esse Deus que vive dentro e fora de cada um só nos deseja coisas boas em sua essência. Quero ousar mais neste novo ciclo solar, ir mais longe, sonhar mais alto, viver muito mais intensamente, ser eu mesmo, fazer experiências de todos os tipos, vencer todos os medos do passado que ainda ficaram retidos. Quero entender mais o meu mapa astral, entender cada planeta e asteróide nele inseridos, seus símbolos e significados de vida. Quero integrar mais os conhecimentos, muito mais do que já fiz até hoje, sem me importar com quem não quer isso. Quero saber perdoar mais, compreender o diferente e ter mais compaixão pelo outro, porém sem me deixar levar por suas tramas conscientes ou inconscientes de viver menos. Quero viver mais próximo de pessoas felizes, de alto astral, que pensam para a frente sempre, que querem crescer em qualquer idade. Quero pessoas empreendedoras na minha vida, otimistas, bem resolvidas, que desejam sucesso e saúde financeira e espiritual. Chega de síndromes franciscanas impostas por medo e por desejos de controle que vem das igrejas e de grupos fechados da sociedade. Quero o lado de Francisco de Assis que faz sintonia comigo, o desapego, sim, mas o pecado por ter dinheiro, nunca mais. Quero aquela integração das forças e seres da natureza, sem imposições, da forma que eu consigo ver e sentir. Quero voltar a cantar o “Doce é Sentir” franciscano e sentir a emoção de que o sentir é mesmo doce quando se percebe a unicidade da natureza e a leveza de quem busca a sua essência. Neste meu novo ciclo solar quero vida intensa ao meu lado, dos meus filhos, dos meus pais, dos meus amigos físicos e espirituais, dos meus cães e de todos os que vierem para o novo ato da dança cósmica. Em especial quero a presença saudável da minha querida esposa Sara, já do outro lado da vida, quero sua energia que tanto me ajudou para que eu tivesse a cabeça aberta de hoje. Quero dizer a todos eles que o que eu prometo é o sol, se o sol sair, ou a chuva, se a chuva cair. Quero estar pronto para o que der e vier, mas sempre com muita energia para buscar novamente a alegria. Prometo vida intensa, mas quero estar nessa dança e também receber vida intensa de todos os que dançam comigo. Chega de ficar sentado à beira do caminho, quero caminhar mais célere, ser mais eficiente em tudo, sem exageros, mas sempre de bem com a vida. Chega de síndrome de tartaruga ao meu redor, chega de coitadinhos, chega de mesmices, chega de hipocrisia. Não quero gente a minha volta que só fala de coisas fúteis, superficiais, gente que só sabe falar de tragédias e doenças, atraindo essas coisas sem perceber. Chega de gente que fala mal dos políticos e faz a mesma coisa na sua vida. Chega de gente com preconceitos enrustidos de todos os tipos, inclusive do nosso presidente. Não quero mais esse caminho, definitivamente não me afino com ele. Ajudar quem sofre, sim, entrar no atrator de desgraças, não. Quero ser feliz! Se para isso tiver que não andar mais com o fulano ou a fulana, não mais andarei com ele ou com ela. Se, ao contrário, para ser feliz tiver que andar com o fulano ou a fulana, se isso não ferir o meu ser interior, quero andar com eles. Se, para ser feliz, tiver que mudar de casa, mudarei de casa. Se tiver que mudar de cidade, mudarei de cidade. Se tiver que voltar à Índia, voltarei à Índia. Se tiver que dizer bom dia para um pássaro da Patagônia, irei à Patagônia em busca desse pássaro. Se tiver que experimentar o êxtase dos habitantes dos lugares místicos do globo, quero fazê-lo. Faço qualquer coisa para ser feliz... Quero fazer o caminho de Compostela e todos os outros caminhos edificantes possíveis, quero abrir minha mente muito mais ainda, sem restrições. Chega de medos e punições. Quero minha alimentação ainda mais saudável, meu peso ideal, meu corpo em harmonia, meus tratamentos naturais, minhas amizades naturais, minha integração com os pássaros e animais da natureza, minhas leituras, minhas caminhadas, minhas viagens, minhas buscas. Agradeço ao Deus maravilhoso que me permitiu passar por crises e beiras de abismos em alguns momentos da vida e sempre seguir em frente com coragem, determinação e confiança no melhor que poderia vir. E olha que deu certo, o melhor sempre veio, foram muitas vitórias, o que me faz sentir hoje um personagem de uma verdadeira história de vencedor, a minha própria história. Obrigado, Senhor, por tudo que me deste até hoje e por permitir que eu tenha chegado a este início de novo ciclo solar, aos 57 anos completos, já beirando o novo ciclo de Saturno que se aproxima, onde novas posturas e novas decisões, hoje mais sábias, já apontam no horizonte. Assim seja!
|
