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Poesias-->CUPIDO -- 06/05/2002 - 12:30 (Sergio Felix) |
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Ó mel nunca tentai de mim, afastai-vos.
Viste-me quebrar o espelho em teus pés,
Soprar meu rastro sobre o coxim.
Descrava-me a boca atada,
Em teu corpo esculpida.
Desata-me a alma pagã
Em teus olhos, amada.
O que fazes amar
Neste poço imundo?
Que magia escondes
Em teu doce pecado?
Antevejo-a façanha
Que de segredo esmagando,
Outras cabeças sem olhos.
Afastai-vos peçonha! Afastai-vos!
Despede-me o fruto culpado!...
Eis o mar da quietude – além cúpido,
Eis os braços estendidos – negando a sorte.
Onde em tuas daninhas entranhas,
Adormeço.
(13/set/93)
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