Não me importa o julgar alheio. Consigo estar acima dele e jamais deixo a bola ir pela linha de fundo... Minha larga experiência me ensinou a fazer o “gol-de-placa” sem precisar enganar o adversário, contando apenas com a minha habilidade e o susto do outro... Nada me intimida. Sei exatamente onde quero chegar, embora, às vezes, precise andar pelas laterais estudando o terreno, esperando o momento propício de fazer o drible perfeito e receber aquele “olé” tão engasgado na garganta da torcida...
Amo as pessoas de mente aberta, que se assumem e sabem o que fazer da vida. Carência, em todos os aspectos, é uma palavra que risquei, há muito, de meu dicionário particular. Tenho vários “eus” todos sob controle e que só ressurgem quando são solicitados... Mas o meu Eu Verdadeiro tem a supremacia da palavra e a dignidade por lema principal. Sou grande em minhas decisões. Maior ainda quando retrocedo para reconhecer meu erro. E suprema, quando faço do erro um baluarte de acertos logo que a oportunidade se apresente...
Cansei de dar pérolas a porcos, ou de mostrar as flores do campo e as aves do céu para quem não os merece... Não perco mais tempo com “filosofias de porta de boteco”. Quero, sim, aprender o significado de meus sonhos mais profundos. Ir de barquinho ao outro lado do rio, para ver a flor que nasce com a chegada do sol... Banhar-me na cachoeira cristalina e recostar-me nos galhos onde os pássaros fazem ninho e as borboletas dançam em revoada... E ali ficar, deixando, simplesmente, a vida passar... É tudo o que desejo neste momento... E isso já me basta.
