Cena comum era ver Figena Badu caminhante e falante pelas ladeiras da Velha Serrana. Nascera e crescera preta com o século, como os seus crescentes fios de cabelo branco insistiam em mostrar. A lata na cabeça era uma constante, mas o gato morto a baloiçar na mão esquerda era coisa mais rara. E cara. Estava garantido o jantar daquele dia cheio de mormaço para si e para a irmã mais velha, Joana, já quase cega, com quem dividia uma casinha na praça São José. E Figena ia proclamando, de alto e bom som, as virtudes daquele acepipe. Parecia querer assustar a garotada que olhava atônita. ainda crente nas estórias em que ou o gato era de botas, ou era o que comeu o bolo que estava aqui. Hoje era Figena, toda felziarda, que dava um basta no gato.
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