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Artigos-->A mão que afaga, -- 23/09/2005 - 09:11 (Agostinho M. da Costa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tarde de sol, praia de Icaraí, em Niterói – Estado do Rio de Janeiro, e contemplo no horizonte a minha infância. Muitas saudades, muitas perdas e milhões de alegrias. Nossa Senhora de Fátima e Jesus.

À direita vejo um DEUS que comanda tudo, representado pela estátua do Cristo Redentor, com o morro Pão de Açúcar, e mais a esquerda os fortes e a Pedra do Morcego que por muitas vezes derrota o velejadores, que não esperam a falta do vento nas competições. Uma pedra que modifica os resultados das regatas.

As lágrimas brotam nos olhos, e com eles embaçados, vejo imagens saindo dos raios do sol, refletidos na água do mar que recebe os surfistas.

Vejo-me criança, correndo na areia escaldante dos antigos verões. Onde anda meu verão? É melhor que ele não venha. Tenho pavor dos temporais.

Crianças correndo após ver seus castelos de areia feito com esmero e carinho destruídos pelas fortes ondas espumantes. Engraçado que não xingo a natureza.

Vejo a Cinézia, uma amiga, que no meu coração será eterna! Damos as mãos e corremos pela praia, jogando bolinhos de areia umedecidos pela água, um no outro.

E quando cansados, sentamos, e novos castelos surgem até uma nova onda chegar e desmanchar.

Vejo amigos que se foram, meu pai, minha mãe, avó, avô! São tantos que não vou citar. Será que um dia em algum lugar vou revê-los?

A minha consciência responde queo importante é que os conhecemos, e guardamos suas imagens e lembranças no coração. Tenho que rir! Só vejo imagens sorrindo. Nem uma pitada de mágoas.

Levo os olhos aos céus e encontro a razão de tudo. Lá em cima tem alguém que nos meus momentos de tristezas sempre me ouve e às vezes manda temporais para que eu me arrependa de algo que fiz de errado. Sempre erro e nunca aprendo, ou será que aprendo novos erros?

Acho que é a vida para ser legal precisa dos erros.

Um sorriso chega da amiga que veio da infância e que não desgruda, como fosse um carrapato. Acho que não saberia viver sem essa amizade, que por vezes mesmo com ela presente, estou só, e ela respeita minha solidão. Sofre do mesmo mal, mesmo quando estamos no meio de uma multidão.

Será que todos sofrem de solidão, mesmo cercada de pessoas? E, agora surge a primeira pergunta, como voltasse a infância. As crianças adoram fazer perguntas!

O que quero dizer além da solidão que me invade, é que construí muitos castelos de areia, e chego a conclusão que tudo é feito de areia. Um dia uma onda chega e leva aquilo que cultivamos e amamos. Nada é eterno, mas restam as lembranças dos amigos, parentes, plantas, animais e Cidades. Mas uma coisa ninguém consegue tirar-nos, diz Cinézia. O quê, pergunto? E ela responde: A fé. Ela é que nos motiva a lutar e conseguir realizar nossos sonhos, que nunca vão acabar.

Concordo plenamente e agradeço a minha amiga, essa amizade tão pura e tão nossa. Passamos por muitos problemas e até ficávamos sem nos falar. Mas o máximo que ficamos sem nos falar foi durante um mês, e quando nos encontramos em nosso lugar comum que é a praia, mesmo que não quiséssemos corríamos para fazer novos castelos de areia. E sem querer nossas mãos se tocavam e grudados aguardávamos a onda gigante chegar, e destruir nosso castelo; cheio de amor e carinhos.

Tenho que parar de escrever. Minha amiga está na praia me aguardando. Encontrou antigos amigos e vamos festejar com muita alegria, e como sempre aguardar a hora de dormir e agradecer ao nosso maravilhoso DEUS, as tristezas e alegrias do dia.

O que seria da alegria se não houvesse a tristeza? Acho que no fundo do poço existem as molas da fé e da esperança para nos animar e tirar-nos do abismo.

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