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Artigos-->NO RASTRO DOS PADRES PEDÓFILOS -- 18/09/2005 - 11:03 (José J Serpa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O escândalo dos padres pedófilos americanos ainda não acabou. Vai continuar agora num ambiente diferente.



Primeiro foi nos esconsos das igrejas, onde predadores sexuais violaram o que de mais sagrado existe na alma e no corpo duma criança – a inocência. Agora é nos seminários onde cerca de uma centena de visitadores vai tentar identificar as causas dessa catástrofe moral e prevenir que ela aconteça de novo.



Com início em Setembro e ao longo deste ano lectivo, grupos de três ou quatro visitadores apostólicos vão inspeccionar os seminários e faculdades de teologia deste país. Os processos de admissão e os programas de formação dos seminaristas vão ser passados a pente fino. O objectivo desta operação de limpeza é a exclusão, primeiro dos seminários e das faculdades de teologia e depois do altar e das reitorias paroquiais, de futuros padres pedófilos.



Naturalmente, toda a gente concorda com o objectivo final deste esforço do Vaticano e dos bispos americanos. É com o método e com o local do projecto que muitos discordam. Dizem uns que, mais do que os seminários e os programas de formação dos sacerdotes, são os departamentos de gestão dos recursos humanos das dioceses, que devem assumir a maior responsabilidade. Foi na colocação dos padres e na gestão das paróquias que o descalabro aconteceu, diz-se.



Outros têm medo que o processo, tal como está planeado, se preste a abusos e distorções que acabem por causar maior dano à Igreja.



Queixam-se, por exemplo, de que a maneira como tudo vai decorrer e os materiais que vão ser utilizados, inquéritos, entrevistas, etc., presumem a existência de uma ligação entre a homossexualidade dos padres pedófilos e o que aconteceu. Dizem que o facto de 80% das cerca de dez mil vítimas serem meninos não significa necessariamente que os predadores fossem homossexuais. Que a maioria dos pedófilos não são homossexuais. Que não existe nenhuma evidência de que a incidência de casos de pedofilia seja maior entre os homossexuais do que entre o resto da comunidade.



Querem um estudo muito mais alargado que inclua outros aspectos da formação e do estilo de vida dos padres, o celibato, por exemplo.



Os organizadores do processo tentam, mas parece não serem capazes de esconder uma certa animosidade contra os homossexualidade. Citam-se afirmações de promotores do inquérito, que são menos simpáticas para os homossexuais, que não deve haver lugar para eles nos seminários e no sacerdócio, por exemplo.



A grande questão é a de se saber se existe uma relação de causalidade entre a homossexualidade e a pedofilia. Impõe-se um esforço sério para responder a esta questão. Porque pessoas homossexuais, homens e mulheres existem em todas as profissões. No sacerdócio, no ensino, na medicina, na fábrica, na tropa... em todos os meios sociais, em todos os campos de actividade humana, homossexuais e heterossexuais, vivem lado a lado, trabalham lado a lado como pessoas humanas e como tal não podem ser excluídos.



O que os homossexuais podem fazer, e têm sido obrigados a fazer ao longo dos dois milénios da história da igreja, é fingir que não são o que realmente são. Camuflar a natureza que Deus lhes deu, viver uma mentira que deve ser muito penosa.



Isto não me parece ser muito saudável, nem para eles nem para a sociedade em geral.



O respeito pela inocência das crianças é outra coisa, a que todos, absolutamente todos, homossexuais e heterossexuais, homens e mulheres, novos e velhos estão indiscutivelmente obrigados.



É uma das poucas áreas do comportamento humano em que não pode haver compromissos. É um imperativo moral de todos.



Resta-nos esperar que os visitadores apostólicos dos seminários americanos estejam à altura da missão a cumprir, que sejam isentos de preconceitos, que sejam objectivos, que sejam corajosos...











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