Taciturno igarapé confidência à flor o silêncio úmido da mata, enquanto oscilam quietos, em pares, as palhas trançadas do Buritizeiro na água em curso.
Seguindo a sombra da noite cálida, a espreita a lua, ainda menina, repousa no dorso dos galhos.; das pedras gélidas e do chão molhado a paz que ousou verbar consubstanciada pela luz do candeeiro em plena mata. Bem onde versa o encontro erudito das almas, cujos corpos nus a banhar-se no breu, sentem o téor de suas vergonhas perpassarem a pureza única da hora envoltos no desejo, que os lábios tímidos, tocados pela primeira vez despertam como lobos há muitos anos com fome.
Na essência dos gemidos há o profano...Que o beijo profundo apaga maviosamente com o crescer do querer.
Esforços insanos que constróem esse magnanimo momento...O gozo, cujos dentes e as unhas desenhados da emoção, rasgam a carne cobrindo o peito de suor, sangue e sussuros, forjando da boca o grito em palavras que vento e o tempo testemunhram e abençoram.
Sob o ventre do prazer o amor inicia, depõem contra o veneno do mundo, derriba os muros e bebe confidente os vícios de uma vida que o futuro começa a solfejar parindo na alegria do filho que vem ninar os próximos segundos. |