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Poesias-->SEGUINTE -- 02/05/2002 - 09:12 (Sergio Felix) |
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Depois do asfalto,
O cálido frescor dos lábios acalmados
No calor despido e chutado no cair dos pés
Depois o chão leve e úmido aportado,
Os continentes, as décadas, as estações, abraçados
Entreolham-se,
Encontram-se,
Conjugam-se,
Diluem-se,
Depois de sol e de lua,
O cálice fecundo borbulhante aprazia
- o colar áureo, o calar sagrado, o calor do sertão
Caindo depois,
Na água suada sobre os pés banhados.
Quão deliciosa desconjuntura de momento!
Tão afáveis pertinências desconexas.
Depois o doce da maçã assimétrica
Oferecida no gume da faca torpe:
Complacência, concupiscência, conivência
– mãos sobrepostas
Depois,
O caminhar cúmplice das noites e ruas
Depois do que vem depois,
Da poesia,
Do sol e da lua,
Do que vem seguinte aos dias...
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