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Contos-->a realidade -- 05/03/2002 - 11:09 (galaad de mares) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Ó Zéfiros, como se constitui a realidade, num sentido total desta palavra? E como isso pode nos referenciar na concepção do cosmos, do homem, da sociedade e o fim derradeiro de tudo? Será isso possível, encontrar uma resposta quantitativamente correspondente ao nosso interpelar?"
"Sim Eco, musas das musas, é possível encontrarmos uma resposta parcial e especulativa sobre a criação do universo, do homem, e quando analisarmos estes últimos, dar um parecer sobre a sociedade e ter uma noção do fim de tudo, segundo nossas questões. A priori gera-se a visão da criação do universo. O universo, ou cosmos, se torna para nós algo que é formado e criado por uma consciência ultrapersonalizada e constante à medida que ele(esse juízo) pulsa numa eterna vida e num tino esplendido.
"Zéfiros, então o universo é consciência pura e simplesmente? Um pensar desse que poderíamos chamar de Demiurgo(segundo Platão), Deus(segundo os crentes) ou Potência(segundo Aristóteles)? Precisamente é ele, essa consciência, que tudo formou conforme sua mente e sua vida pulsaste e única."
"Sim, filha de Gaia, o universo materialmente é uma ilusão, nunca foi criado baseado num itinerário físico de átomos. Não existe, se não, na mente desse que conscientiza-se e forma, num pensar, muitos outros universos paralelos ao nosso. O infinito não passa de um holograma projetado uniformemente para e em nesse criador . Há uma gênese atemporal do universo, uma criação imaterial de consciência que pensa e somente pensa, mais nada."
"Com isso, ó rei dos cata-ventos, não se pode especular uma criação do universo semelhante às chanchadas míticas e filosóficas sobre o princípio de tudo? Tudo então é eterno num mudar somente ilusório, pois tudo é ilusão. O projetador é o criador de si e das miragens dentro de sua própria consciência, numa dinâmica visão, ou história. Até mesmo o conceber de si segundo os homens. Sim, o universo em sua criação pode ser narrado dessa maneira: havia esse determinado ser em plenitude e própria introspecção e dentro de si mesmo, em seu pensar criador, projetou, imaginou, em idéia, tudo, desde uma explosão geradora da ordem até o esfriamento da Terra à propiciação da vida. Nada foge à essa projeção inteligente, tudo é pormenorizadamente arquitetado na formação do palco onde se dar a interpretação de nossa vida.
"É isso mesmo Eco, mas onde entra o homem com sua filosofia, com seu evoluir, com sua religião panteísta ou personificada, com sua ciência e transcendência? Não entra. Não fica e nem existe. É puramente um iludido , pensa que supõem que pensa. Todavia é o criador de tudo que o faz presumir. Na verdade é um jogo, onde o eterno juízo faz uma dialética de si nas próprias ilusões - mesmo este diálogo é um jogo -."
"Portanto, senhor dos ventos, o homem não existe e seu pensamento não existe. Tudo é um agir da consciência suprema que tudo iludi em si. As coisas acontecem como um romance esplendido e incomensurável que conduz a vida humana e a projeta nesse escrito. Entretanto isso não contraria a conclusão de Descartes: cogito, ego sun ?"
"Cara Eco, de acordo com alguns filósofos o ser em si existe num tipo de realidade racionalizada e revelada a ele pelos sentidos. Porém o homem vive uma realidade projetada nele mesmo e para ele mesmo. Ele é ilusão, logo não existe. O ser humano vive numa projeção, portanto seu ambiente real é inverossímil, não existe. Há então um eterno nada material. Contudo o penso logo existo não é uma prova da existência real do homem, mas um gritar claro e soberbo da consciência ,formadora e arquitetadora de tudo".
"Zéfiros, o homem não foi criado, não evoluiu e não constitui um ser enquanto ser de existência própria num douto de razão e sensibilidade como nos diz a vã filosofia. Toda forma de resposta para esta questão filosófica remetes-se a negar-se. Interpelando-se, de maneira consecutiva ao existir. A consciência nos projeta tentando realizar-nos, o máximo possível, e assim realiza-se também, pois cada um de nós somos ela e ela é cada um de nós."
"Com certeza, minha tchutchuca . Criou-se o homem numa projeção consciecisória de não razão humana. Sobra então, somente o viver desse ser supremo, que é nós e que é tudo. Não dar para elaborar uma narração do viver humano dentro desse livro , escrito por pensamentos no abstrato do entendimento dessa suma consciência . O homem para ela evoluiu, construiu, arquitetou tudo, tal como concebemos o mundo. Tudo para nós aconteceu, acontece e acontecerá sempre normalmente, não há tempo nem espaço quando ele nos projeta nas ilusão. Para nós há, pois o tempo e o espaço nosso são miragens, como nós somos miragem numa mente única e verdadeira. Daí não podemos falar verdadeiramente da existência do tempo, se não enquanto a não existir *".
"Compreendo, ó mestre do ar comprimido, se estamos em ilusão e somos ilusão, consequentemente pensa-se que se existe verdadeiramente. O homem iludido, de ser a imagem e semelhança de Deus, é um pobre holograma de mentiras e de pseudovalores. infelizes dos autocratas, semideuses e pensadores."
"Saiba, ó Eco, também a sociedade denominada teia, que o ser humano se enrola e se forma, dentro da consciência única já identificada, é parte desse projetar e assim é um sistema integrado de formação. As relações humanas e seus complexos são todos meticulosamente marcados e pormenorizados por ilusões do entorpecimento civilizatório e social."
"A sociedade, com sua dialética e realizações nunca pode descobrir-se parte de uma miragem, para ela é muito paradoxo totalizar-se ilusão. Ó Zéfiros, tu tens razão. Ademais a sociedade como um todo, mesmo as mais primitivas, só percebe-se numa realidade autônoma e concreta. O mundo nessa nossa realidade não é percebido como um sonho eterno, onde a teia social e o homem, ponto central dessa realidade, não passam de mero imaginar, autômatos de uma consciência autônoma."
"Capitei, capitei a tua mensagem, ó musa. No fundo, o homem compreende que não é nada, pois a consciência revela-se a si, revelando-se ao homem. Todavia, a mesma consciência , que forma e imagina a sociedade na própria mente não comunica-se tão facilmente consigo pela sociedade. Talvez porque a sociedade não é pensada como uma personalidade viva, mas um todo de um projetar imaginado vivo(homem). A sociedade humana não tem diálogo, é muda intrinsecamente, o homem é a consciência falando com ela mesma, é um diálogo vivido no silêncio obscuro da eternidade."
"Diga-me, ó ventilador mitológico, qual o fim último do homem e dessa sociedade? Terá o homem um fim? Talvez não, a consciência revela-se a nós e é descobrida por si mesma na proporção que luta-se para analisar o que nunca pode ser totalizado como descoberta. Não há um fim para nós, somos eternos. Além de sermos visões e pensamentos eternos na mente da consciência eterna . Projetares, assim nós nos eternizamos, somo deuses inventados, apesar de nunca termos existido."
"Compreendo-te, ó flor da Arcádia, sim o homem que não existe tem por fim último eternizar-se no projetar de não existência. O homem desperta-se como em sonho, é a consciência que fala, a si, por meio da linguagem própria dela. Não existe uma morte do homem para a consciência, no máximo um reaproveitar da energia dele. Imaginado o homem eterniza-se como uma semiconsciência a vibrar mimeticamente na razão do ser supremo e único."
"É, tens razão. É simples, por demais, dizer que há um fim, pois se se é eterno mantém-se em eterno a mente, que se é. Num todo pensamento e pura imaginar-se se é eterno. desventurado do homem, ele não existe e é condenado a não deixar-se de não existir sempre. E Ainda, ó senhor dos moinhos holandeses, infeliz do ser(consciência), que isolado em si projeta-se nessa dialética infinita de solidão e companhia. Cria-se, muda-se, acaba-se e assim ele se condena a viver na própria projeção ilusória."
"Sim, fada encantada, o fim do homem é o totalizar-se com o ser que o forma em sua mente. Mas, não será a consciência que tudo imagina uma outra projeção? Quem sabe? Nem ela, pois a medida que nos dialogamos é ela a dialogar-se consigo e sempre a interpelar-se em nós com dúvidas que em nossa realidade se faz sempre através dos sensos comuns: o que é a morte, como tudo começou? Para onde vou, de onde vim?. Morte eternidade não mais existe, há sim uma visão do niilismo eterno. Ao menos não sabemos que não existimos, somos nada de uma consciência suprema e eterna."
"Ó Zéfiros, também não gozaremos da vida eterna, somos um nada que não tem uma própria consciência, não podemos fugir ou libertamos do não existir não existindo, não podemos morrer. É brutal para o homem viver e sob uma realidade impar, ser único como parte de uma consciência única que está em cada um e é tudo. Iludido e eterno ele sentirá a vida. A consciência entretanto, goza em si a solidão na companhia de suas ilusões."
"Feliz é não ser, não é Eco?
"Sim."
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