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Artigos-->INTERAÇÕES VERBAIS - Caso interesse a Análise do Discurso -- 07/09/2005 - 00:11 (Edmir Carvalho Bezerra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O TEXTO A SEGUIR É PARTE DE RESENHAS DE MEUS ESTUDOS DE ANÁLISE DO DISCURSO. VÁRIOS ESTUDIOSOS DA LINGÜÍSTICA (AQUI NÃO OS MENCIONO E PEÇO PERDÃO POR ISSO) SE DEBRUÇAM SOBRE ESTA ÁRDUA TAREFA QUE A BUSCA DA COMPREENSÃO DA ÍNGUAGEM ENQUANTO INSTRUMENTO DE INTERAÇÃO VERBAL, PORTANTO, SOCIAL ENTRE INDIVÍDUOS E COMUNIDADE.



SE A LEITURA INTERESSAR AOS CAROS COLEGAS CONTINUAREI APROFUNDANDO OUTROS TÓPICOS, CASO CONTRÁRIO, PROMETO DELETAR EM UMA SEMANA PARA NÃO INCOMODAR A NINGUÉM.







AS INTERAÇÕES VERBAIS



O presente texto pretende fazer um breve comentário a respeito da linguagem enquanto forma de ação entre indivíduos. Nas interações sociais a linguagem ultrapassa as fronteiras de uma simples representação do mundo, conforme concebida pelo falante, mostrando algumas das conseqüências - ações e reações - que essa concepção de mundo causa na interação. Ultrapassa as fronteiras também da concepção de linguagem como mero instrumento de comunicação, uma vez que, em uma interação, a transmissão da informação é somente um dos objetivos buscados; muito mais há para ser revelado se se buscar o pretendido por meio daquilo que se diz.



O que cada um de nós deve ter claro é o que fazemos por meio da linguagem? quais são nossos propósitos comunicativos, os efeitos que pretendemos causar naquele com quem interagimos? É certo que não conseguiremos nunca alcançar quais as intenções plenas do falante. Há muita informação inatingível e, mesmo o falante, ao retomar seu discurso, nem sempre consegue recuperar quais tenham sido suas reais e completas intenções comunicativas. No entanto, há os elementos do contexto da situação que já revelam muitos dos propósitos dos participantes de uma interação. Há também o texto, em cuja materialidade consideram-se inscritas algumas das intenções, pelas escolhas que o falante faz.



Sendo assim, a partir do contexto em que se insere a interação e a partir das realizações lingüísticas expressas no texto, podemos investigar as ações realizadas pela linguagem e as reações que elas buscam provocar.



A língua oferece ao usuário vários mecanismos que possibilitam que ele aja sobre seu interlocutor, convencendo-o, modificando seu comportamento, mudando sua opinião. Dentre esses vários mecanismos, existe o fenômeno da polidez, resultante de variáveis sociais, e que permeia a maioria dos eventos comunicativos.



Nas interações sociais usamos a linguagem enquanto atividade, para as relações entre as línguas e seus usuários e, portanto, para a ação que se realiza na e pela linguagem. Por meio das relações interpessoais, fazendo uso da linguagem temos a capacidade de interagir socialmente por meio de uma língua, das mais diversas formas e com os mais diversos propósitos e resultados.



Para a identificação e alcance desses resultados podemos contar com certas máximas e submáximas da conversação divididas em quatro grandes categorias:



1. Quantidade

a. Faça com que sua contribuição seja tão informativa quanto for pedido.

b. Não faça sua contribuição mais informativa do que é pedido.



2. Qualidade

a. Não diga o que acredita ser falso.

b. Não diga nada para o que não possa fornecer evidência adequada.



3. Relação

a. Seja relevante.



4. Modo

a. Evite obscuridade de expressão.

b. Evite ambigüidades.

c. Seja breve.

d. Seja ordenado.

Tais máximas devem ser observadas pelo falante porque os objetivos centrais de uma interação são atingidos se os participantes tiverem interesse em fazer trocas conversacionais proveitosas para os propósitos buscados.





Para ser mais preciso podemos dizer que para o sucesso da interação verbal devemos:

- ser claros

- ser polidos



Essas regras são seguidas pelo falante de uma língua em menor ou maior grau, conforme seja o objetivo que deseje alcançar, isto é, ser claro para dar uma informação e ser polido para manter uma relação.



Quanto à polidez, três são as regras básicas a serem seguidas pelo falante.



- A primeira é a regra da não imposição.



- A segunda, ser polido significa demonstrar hesitação ao expor crenças e sentimentos, dando assim espaço para o outro tomar decisão. Por essa regra o falante dá opção àquele com o qual interage.



- A terceira contrapõe-se à primeira, isto é, sugere aproximação com o outro, fazendo-o sentir-se bem, um igual. Com essa regra o falante mostra-se amigável.



A aplicação dessas três regras está relacionada a três fatores: o poder, a distância social e a cultura. Esses fatores são os termômetros que medem a utilização de uma ou mais regras como também mostram o grau de intensidade de polidez necessário para o bom andamento da interação.



A importância do contexto



As coisas que dizemos são influenciadas pelo contexto cultural e social no qual estamos inseridos, verifica-se que isso ocorre porque há uma íntima relação entre linguagem e contexto. A relação dialética existente entre texto e contexto explica nossa habilidade, de deduzir o contexto a partir de um texto como também de prever a linguagem a ser usada em um determinado texto.



O contexto cultural e social pode nos ajudar a fazer certas previsões sobre a estrutura do texto. Pelo contexto podemos prever:

1 – que elementos tem de ocorrer no texto (obrigatórios);

2 – que elementos podem ocorrer (opcional);

3 – onde devem ocorrer (seqüência);

4 – onde podem ocorrer (interação); e

5 – com que freqüência pode ocorrer.



O modo e as funções de fala



Os principais papéis de fala que podemos encontrar em uma interação: o ‘dar’ e o ‘receber’, sendo que a ocorrência de um pressupõe a ocorrência do outro.





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