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Poesias-->Para Você -- 01/05/2002 - 15:55 (Enildo Netto Teodoro) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Dentro do abismo

Levanto-me ereto

No nada, simplesmente nada

Onde, não sei explicar

Meus olhos se mechem

As únicas coisas que se mexem

Num raio de tamanho infinito

Do qual me foge o fim

Silencio, escuro

Porem minha figura permanece

Permanece iluminada

O silencio é fatal

Não fujo

Não movo

A não ser meus olhos

Quem me espreita?

Não temo

Estou só

Eu e o nada

O nada é amistoso

Não há perigo

Não há nada

A não ser a imensa

Vontade de sair

Sair do nada

Fugir da proteção

Da inexistência

Eu quero existir

Para você.



Enildo Netto Teodoro

Rio 01 de Maio 2002



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