Há momentos na existência inteligente
em que as palavras ficam exangues, paradas,
face aos acontecimentos por de mais reais
que se nos deparam e boquiabrem de espanto...
No entanto, continuamos a falar e a escrever,
quiçá para iludir e fugir do assombramento,
como se as palavras fossem rápidos rodados
que nos afastam da plangência dos gritos íntimos.