DE VOLTA AO BATENTE
Filemon F. Martins
Após alguns dias de ausência em razão de viagem pelo interior da Bahia, estamos de volta. Durante este período assistimos pelos jornais televisivos, o mais fantástico escândalo envolvendo vários políticos brasileiros.
O esquema de corrupção alinhavado pelo PT e seus aliados trazem à tona o comportamento da maioria dos políticos profissionais do País. Faz tempo que deputados e senadores deixaram de representar o povo que os elegeu, para tratar de negócios e interesses próprios.
Neste momento, temos aí algumas CPIs, entre outras, CPI dos bingos, CPI dos correios e CPI do “mensalão”, que já dão sinais de que buscam um acordo entre os pares para salvar a pele de muitos parlamentares corruptos. O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, já sentenciou, antes mesmo do término da CPI, que não existe “mensalão”, como se importasse se é semanal, mensal, trimestral ou semestral.
Ora, o que importa é que houve pagamentos em troca de votos e apoio ao governo e isso já é suficiente para a cassação do mandato do parlamentar e não “abrandar” a pena, como quer o presidente da Câmara, representando o espírito daqueles que o elegeram.
É preciso que as CPIs, já em andamento, sejam rigorosas e que os culpados sejam punidos, mas só isso não basta. É necessário e mais importante recuperar o produto do “roubo”. No Brasil, infelizmente, é comum este tipo de cena. Quando os larápios, de colarinho branco, são processados e condenados, quase sempre, o dinheiro some e não volta aos cofres públicos.
No caso do governo de Lula, do PT e dos seus aliados, todos os atos e reformas aprovadas até agora, além de prejudiciais aos trabalhadores, são frutos de compra de votos, “mensalão” e tráfico de influência, portanto, deverão ser sumariamente anuladas. As provas obtidas através dos saques efetuados nas contas do operador Marcos Valério são visíveis e não deixam dúvidas.
Após apuração dos fatos e do término das CPIs, os culpados deverão ser cassados e processados e todos os atos decorrentes deste mar de lama deverão ser anulados, sob pena de se consignar que o “crime compensa”, o que seria lamentável.
www.filemonmartins.com.br
filemon.martins@uol.com.br
|