Na nossa Cidade de Passa Tempo morava um cidadão muito popular e que gostava muito de caçadas. Saia à noite, de madrugada, e sempre afirmava que não tinha medo de nada, sempre dando a conhecer que era ateu, ou seja, que não acreditava nem em Deus. Era conhecido pelo apelido de Bento da Fruta, porque era casado com uma senhora que tinha o apelido de Fruta. Ele tinha o hábito de caçar à noite e como era ímpio acabava por caçar até nos dias de quinta-feira santa. Numa dessas quintas-feiras santas ele foi a um local chamado Vargem Grande e deparou-se com um tatu muito grande e correu atrás daquele animal que entrou no primeiro buraco que encontrou, mas como o buraco era raso a cauda do animal ficou de fora. O Bento então o que fez, agarrou no rabo do tatu e fez força para arrancá-lo do buraco. Quando ele estava fazendo força quase arrancando o bicho do buraco, ouviu uma voz que dizia assim: “Desse jeito não há tatu que agüente”. Ora, o Bento deixou a sua cauda e voltou para casa e contou o acontecido para todas as pessoas que encontrou e o assunto espalhou-se pela Cidade. Veja o leitor que por mais incrédula que a pessoa seja, é bom que pelo menos acredite em Deus.