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Artigos-->MARCO DO SÉCULO XXI -- 18/08/2005 - 16:02 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MARCO DO SÉCULO XXI



Francisco Miguel de Moura*





O recente assassinato (ou massacre?) do brasileiro Jean Charles, no Metrô de Londres, pela Polícia (Scottland Yards) até então considerada a melhor e a mais inteligente do mundo – e que a partir de então passa à classificação de uma das piores – revoltou não somente a família do morto e a nós brasileiros, como indignou o mundo civilizado. Em razão desse acontecimento funesto, veio-me à meditação o ataque terrorista de 11 de setembro de 2001 ao coração dos Estados Unidos.

Por quê?

Há alguns anos um japonês de nome Fukuyama escreveu um livro onde declara que chegamos ao fim da História. Muita gente, inclusive eu, não quis acreditar, e logo passamos contestá-lo. Mas já estamos para acreditar que este é o último milênio do mundo, não pelo esgotamento do petróleo, pela globalização, por nada disto, mas porque as florestas estão sendo dizimadas, a água do planeta está chegando ao fim, e ninguém (digo as nações mais ricas do globo que não assinaram o Protocolo de Quioto) faz nada para que a poluição pare, não acabe com o homem e sua moradia. Ao contrário, mais fabricam carros, geladeiras, aparelhos de ar condicionado, fábricas de fábricas, cada qual mais poluente, transformando a Terra num deserto igual à Lua, com calor insuportável e sem atmosfera. É começo do fim da história física do planeta. Desse jeito, para onde vai a História? Cada vez mais pioram as condições de vida na terra, cada vez mais o terror de Estado e de grupos prevalece; cada vez mais proliferam as bombas atômicas e outras. O terrorismo, a julgar pelas condições atuais, e tomara que esteja enganado, alastrar-se por todos os países. A maior nação da terra, a América do Norte, com os ataques terroristas mencionados sofre sua maior derrota desde que é nação independente. Satisfeitos com a queda do Muro de Berlim, para cujo acontecimento os EE.UU. não tiveram participação imediata nenhuma, restringindo-se apenas abarrotar a Europa Ocidental com milhões de dólares depois da Guerra Mundial, os historiadores americanos e de outras partes escreveram que ali estaria o marco do novo século. Nada. O século continuou até 2001. Inéditos no mundo foram os atentados terroristas em tal proporção, a Cortina de Ferro e o socialismo cairiam de qualquer forma, não tinham como se sustentarem num só país. A Guerra Fria, como as duas anteriores, matou muita gente, mas estava chegando ao fim por exaustão e talvez mais por causa da nova elite da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, que, não vendo nenhum futuro naquela guerra, resolveu ceder e dar fim ao regime pela própria vontade e inteligência. O que está claro é que, a partir do 11 de Setembro, o mundo é outro, o terrorismo começou a botar banca e ser o redentor das injustiças e da ferocidade dos ingleses e americanos, entre outros. Em grande parte, a culpa do terrorismo cabe aos Estados Unidos e seus aliados (ingleses e quem mais?) envolvidos na Guerra do Vietnam, da Coréia, do Afeganistão, do Vietnam, também a darem guarida aos judeus contra os palestinos, e agora tentando abrir frentes de luta contra o Irã, a Síria, a Coréia do Norte e quem mais se insurgir. Por que o W. Bush não põe óculos melhores e reconhece que está errado ao fazer guerra em toda parte? Está claro que pensa que é o dono do mundo, o juiz absoluto de tudo, inclusive da bondade, da democracia, de Deus. O mundo jamais terá equilíbrio se se deixar levar tacitamente por nação tão carniceira e terrorista como os Estados Unidos. A eles cabe a triste glória de iniciar o século primeiro deste milênio.

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*Francisco Miguel de Moura é escritor brasileiro, mora em Teresina. E-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br

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