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Artigos-->NÃO QUERO COLO DE MAMÃE -- 05/08/2005 - 11:48 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


NÃO QUERO COLO DE MAMÃE

(Por Domingos Oliveira Medeiros)





A economia vai muito bem, obrigado. Inflação sob controle, aquecimento da indústria e geração de alguns empregos. Elogiada pelo FMI e por quase toda a comunidade financeira internacional, a economia, segundo o presidente, prepara-se para a arrancada em 2005. diante deste cenário, não me parece sensato que o governo continue a aumentar os juros, os impostos, as taxas e tarifas públicas, quando tais medidas, sabidamente, implicam aumento de custos para as empresas, que as repassam para os preços, culminando com aumento da inflação.



E o ciclo se repete há dois anos. E o discurso do governo é o mesmo. Não podemos errar. Estamos no caminho certo. Certo para quem? Para o povo, certamente, não. Para o povo, não interessa as cotações diárias da moeda americana, nem as subidas e descidas das bolsas de valores; para o povo, não interessa as previsões manipuladas do risco-Brasil; para o povo, o que interessa é oportunidade de emprego;boas escolas públicas; boa rede de atendimento hospitalar público; segurança e confiança no futuro. O que, tudo indica, não está acontecendo.



Haja vista que o ensino público continua de mal a pior; nada melhorou em relação à segurança pública; nossas estradas continuam abandonas e esburacadas, ferindo e matando nosso povo; os escândalos pipocam de todos os lados. CPIs, como a do Banestado, são desmoralizadas; e não apresentam resultados condizentes com as responsabilidades e deveres que se esperam de seus componentes; ninguém vai preso;



O secretário do Tesouro Nacional afirmou que o governo precisa aumentar a carga tributária porque tem muitas despesas a ser compensadas. O que nos leva a indagar: por que não começar a resolver estas questões a partir da diminuição dos juros, ao invés de aumenta-los à cada reunião do COPOM? Em nome de uma inflação que é fruto do próprio governo?



Por que não inverter a ordem de prioridades, ou seja, melhorar a gerência e a fiscalização dos atos de governo, a começar pela redução dos gastos e do desperdício de recursos?



Porque não diminuir a estrutura orgânica do Estado, evitando a superposição de atribuições? Por que não reduzir – ao invés de aumentar – o número de cargos comissionados? Por que não nomear para esses cargos os servidores dos Quadros de Pessoal ?Permanente, que ingressaram no Serviço Público pela via do sistema do mérito, o concurso? Em vez de nomear parentes e amigos?



Está comprovado: sai mais barato nomear o servidor, pois quando indicado para ocupar cargo comissionado, ele recebe, apenas, complementação parcial da gratificação atinente ao cargo, que se junta ao salário que já lhe é devido; enquanto que a pessoa de fora, quando nomeado, recebe o valor total daquela função. O que aumenta, consideravelmente, as despesas com pessoal. Sendo que, na maioria das vezes, a nomeação é de ordem meramente política, e o interessado, nestes casos, não veste a camisa do órgão; passa a servir ao seu padrinho político, que o indicou; e, por isso mesmo, não se vê comprometido com os objetivos do órgão.



Por que não reduzir a contratação de serviços de terceiros, que é bem mais caro? E usa-los apenas para as funções ditas operacionais: serviços de vigilância, de portaria, e de limpeza e conservação, contratados mediante processo licitatório?



Por que não acabar ou mesmo reduzir a quantidade de comissões, grupos de trabalho que, a rigor, nada produzem? Por que não fiscalizar melhor e reduzir os recursos que são colocados à disposição de Organizações Não-Governamentais, a maioria das quais sem qualquer avaliação de desempenho, por parte do governo, atividades para as quais foram criadas?Será que todas as ONGs fazem jus aos recursos que lhes são repassados pelo governo?



Enfim, muita coisa pode ser feita sem necessidade de “ajuda” dos parlamentares. Coisas que se resolvem no âmbito do Poder Executivo, sem alterar leis, e que trazem benefícios para as contas do governo, sem necessidade de aumentar impostos ou tarifas.



O presidente Lula precisa descer dos palanques. Afinal de contas, as eleições se darão em 2006. E o povo precisa, antes, saber o que pensa o presidente acerca do mar de lama que tomou conta deste país; e por qual facção do PT ele irá tentar a reeleição: o PT fiel às suas origens ou o PT que apodreceu? É preciso, ainda, aguardar os resultados das diversas investigações em curso nas comissões, a fim de que possamos identificar os ladrões engravatados e bani-los, de uma vez por todas, do cenário político nacional.



Vamos arregaçar as mangas que ainda resta tempo de mandato. Mais do que suficiente, se o trabalho for planejado, e realizado com honestidade de propósitos. Sem pensar em reeleição. Que, por si só, nada resolve em relação ao povo e ao nosso país.



Chega de malas e cuecas abarrotadas de dinheiro sujo e mal lavado. Chega de falcatruas eleitorais. Basta de mentiras e de propaganda enganosa. Vamos acabar com a brincadeira do improviso e do faz-de-conta. Vamos fortalecer e respeitar nossas instituições: o Congresso Nacional, a Administração Pública, seus servidores, ativos e inativos; o Ministério Público, o Poder Judiciário; Vamos lutar pela preservação das liberdades, a começar pela liberdade de imprensa. Chega de bravatas e fanfarrices. Se a camisa da presidência estiver pesando, como acontece em relação a alguns jogadores convocados para a seleção canarinho, faça um gesto de grandeza: pegue o seu boné, e volte para o seu time de origem. Lá, com certeza, continuará sendo o craque de sempre.



Em tempo: VENDA O NOVO AVIÃO. Tem muito serviço para ser feito aqui em casa. Não se pode viajar nestes tempos. Mande algum representante, pela aviação convencional, discursar no exterior; e pelo Brasil, também. Pois o resultado não será muito diferente.



Do contrário, o país inteiro é que irá se transformar num enorme e barulhento SUCATÃO.





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