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Artigos-->Texto Paulicéia -- 03/08/2005 - 07:39 (Marcelo Torca) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Situação do Município.



Antes da formação do lago da Usina Hidrelétrica Sérgio Motta, a área do Município era de 394Km2, após o enchimento passa a ser de 328,07Km2, portanto foram inundados 65,93Km2. Atualmente a utilização da terra procede-se da seguinte maneira:



ÁREA URBANA:.......................................200ha



ÁREA RURAL:..........................................32.607ha

LAVOURAS:



Milho para grão....................169ha

Milho para silagem...............65ha

Algodão................................154ha

Arroz de sequeiro.................20ha

Feijão de inverno..................320ha

Cana p/ forragem..................35ha



PASTAGENS:



Pastagem cultivada...............28.522ha

Pastagem nativa....................182ha



VEGETAÇÃO FLORESTAL:



Eucalipto..............................138ha

Matas naturais......................1468ha



ÁREAS IMPRODUTIVAS:........................1534ha



RENDIMENTO ECONÔMICO AGRO-PECUÁRIO ANUAL:



Milho em grão: 8400sacas, valor R$168.000,00

Algodão: 19100arrobas, valor R$286.500,00

Feijão de inverno: 3300sacas, valor R$264.000,00

Leite: 3.010.000Litros, valor R$1.204.000,00

Bovinos p/ abate: 8500cabeças, valor R$7.888.000,00

TOTAL: R$9.810.500,00

FONTE: Plano Municipal de Desenvolvimento Agropecuário Plurianual do Município de Paulicéia –SP de 2003.



A produção econômica agro-pecuária do Município de Paulicéia é de R$9.810.500,00 para 32.607ha, o que significa R$300,87 por há ao ano. Com o alagamento de 6.593ha, o município deixou de produzir, segundo os dados da fonte, R$1.983.363,90 ao ano, e é essa a perda no setor agro-pecuário, que deveria ser compensado pela indenização da formação do lago da Usina Sérgio Motta, pois como é algo definitivo, as perdas são eternas.

Poderia haver uma compensação para repor esse prejuízo anual, uma das possíveis soluções seria o investimento no próprio rio, para que esse repusesse o montante econômico perdido, e isso poderia ocorrer através da pesca profissional, com seus devidos pescadores cadastrados, e também a pesca esportiva, onde é necessário ter guias e piloteiros. O maior problema do Rio Paraná, entre as Represas de Jupiá e Sérgio Motta, é justamente a falta de peixe e sua nenovação, alguns investimentos nessa área foram feitos, mas de forma insuficiente para atender a demanda, pois sem um planejamento e uma infra-estrutura para criação de peixes, visando o melhor aproveitamento do rio, certamente ficará em pouco tempo estéril, sem a possibilidade de ter peixes comerciais, causando um prejuízo ecológico incalculável.

Devido às barragens, o desenvolvimento dos peixes foi alterado, obrigando a intervenção do ser humano para compensar esses obstáculos artificiais, intransponíveis naturalmente aos peixes. A produção e criação de alevinus se torna inevitável, e dessa maneira seria possível repovoar o rio, compensando ao mesmo tempo, o prejuízo provocado pelas represas. É preciso ter uma instituição para a produção de alevinus, e para a sua manutenção, seria necessário cobrar uma taxa, que seria recolhida dos pescadores, comércios a beira rio, ranchos de pescadores, marinas, turismo de rio. Com isso estaria garantindo o desenvolvimento dos peixes, podendo até mesmo aumentar a quantidade, tendo um impacto direto no comércio, pois aumentaria a renda devido ao maior movimento de turistas.

Uma outra forma, seria o criame de peixe à beira do rio, numa extensão de 150ha onde produziria 1.000toneladas a cada três anos, contando com a criação de alevinus, onde geraria 450 empregos diretos, três por ha. Se a espécie utilizada fosse pintado, por hectare seria possível criar 13.000unidades, o que geraria após três anos 52toneladas a R$5,00 o quilo, produziria R$260.000,00 a cada três anos. Um dos objetivos do ponto de venda, é a exportação, outro seria a industrialização, como pintado salgado ou defumado. Abriria a possibilidade de ter fábrica de ração de peixe, trabalho com o couro de peixe.

Não basta apenas um repovoamento de peixes, mas uma conscientização ecológica sobre a utilização econômica do rio, para que não se esgote, e isso só seria possível com cursos educacionais e palestras de conscientização na comunidade, algo constante e persuasivo, para mudar o comportamento predatório de quem explora o rio. Profissionais não faltam, poderiam ser realizadas parcerias com Universidades públicas e privadas, podendo até mesmo servir como estágio aos seus alunos, pois um rio é de interesse de toda uma nação, e se tiver pesquisadores constantes, atuando e observando a prática, teremos uma tecnologia avançada na comercialização de peixes, como em turismo à beira rio. A mata ciliar é outro ponto de preservação do rio, além de conservar as margens, alimenta os peixes com as frutas das árvores.

A pesca permanente e instantânea de espécies predatórias, é importante para preservar as outras espécies de valor comercial, pois esses predadores não tem valor comercial, assim proliferam em demasia criando um desequilíbrio na cadeia produtiva, comendo até as ovas dos peixes e alivinus, impedindo o repovoamento adequado.

O importante é deixar claro, que não é de interesse produzir peixe em tanque rede, mas sim em tanques represados, com grande entrada e saída de água, deixando mais propício a oxigenação e ao controle da temperatura, conseguindo uma produção melhor.





Fonte do texto:

Depoimento de Júlio Ossaka;

Plano Municipal de Desenvolvimento Agropecuário Plurianual do Município de Paulicéia –SP de 2003.

Redator: Marcelo M. Torcato.

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