Eita! Torneio porreta
Que o Egídio inventou
Me deixou arreliada
Pois ele me proclamou
Sua parceira em batalha
Mas eu mato este canalha
Porque ele me subornou!
Jogou confete e charminho
Entrou com sua amizade
Disfarçando o interesse
Isso é que é calamidade
Falou da arte poética
E de toda sua estética
Com muita sagacidade...
Meu mestre tu não me enganas
Nesse papo de algodão
Vou fingir que não entendi
E comer na tua mão
Mas se tu se metê a besto
Vou te botar um cabresto
E acabo com teu tesão!
Epa! Não pense bobagem
Tesão aqui tem sentido
De vontade verdadeira
No mérito do merecido
E se tu pensou besteira
Paro já com a brincadeira
E te deixo de castigo!
Esse mestre é um bagaço
Que só fala coisa à toa
Diz do cordel que “floresce”
Usineiros: essa é boa!
Chamou ocês tudo de flor
Egidinho é um cantor
Da viola que destoa!
E num fique aperriado
Com tudo o que leu aqui
Eu só obedeci às regras
Que de você mesmo li
Disse pra evitar calão
Que menospreza o irmão
Foi assim que eu procedi...
Pra num dizer que esqueci
Do Cursino (e quem há de?)
Que fez as categorias
Da plebe até a divindade
Esse Roberto é uma peste
Usou de falsa modéstia
Pra se tornar majestade...
Vou dar mais categorias
Se me permite o cretino
Com seu ar de zombeteiro
Falo do Beto Cursino
Categoria em despeito
Que com falta de respeito
Entra sempre em desatino!
Tudo o que escrevi acima
Foi só mesmo brincadeira
Meus amigos menestréis
Se eu disse tanta besteira
Foi pela amizade que grassa
Neste estilo que é uma graça
Um beijo da companheira!
Milene
Sem ofensa... Apenas no embalo da peleja no cordel. Algo me diz que o Egídio vai gostar e preparar o bote... rs... Mas não escalpele muito sua parceira, viste?