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Poesias-->Cansei-me -- 23/04/2002 - 19:21 (Robero Silva Milheiro Leão) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Não posso mais sair desta aventura que é só desventura,

Como uma forte e insistente tontura

Que teima em não me levar a lado algum.

Eu sei bem que sou apenas mais um,

Na infinda lista daqueles que sofreram por amar!

Mas é impossível deter esta mágoa

Que teima em penosamente ficar.

O meu desalento é de tal ordem

Que é inevitável reconhecer que a vou desejar

Por cada um dos meus amargurados dias,

E que cada uma das minhas fantasias,

Se resumem a tê-la junto a mim.

Ai, se pudesse eu dizer a viva voz

Tudo o que minha alma consome,

Poderia finalmente morrer não para a Ter,

Mas de frio, calor, sede ou fome.



Morre, morre sentimento cruel

Que não tens piedade alguma.

Que castras de sentido cada palavra

E que és como a grande salva, de todos os canhões

Que se erguem para atingir-me.

Que penetras sorrateiramente em cada instante do meu tempo,

E que matas cada reduto de vida.

Tu que és símbolo da mágoa mais marcada

E da vida mortalmente mais vivida.

Que corróis cada recanto, recortado pela timidez

De saber que não há nenhuma esperança,

Que me fizeste aguardar inocentemente desde criança,

Por um futuro risonho que nunca há de chegar!



Mas olha que eu vou teimar!

Vou fazê-lo sempre, mesmo que não queiras.

Cansei-me de guiar-me pela tua vontade astuta

E sempre resoluta, a levar-me a um desvaneio qualquer.

Cansei-me finalmente de me sentir

Amarfanhado, encaixotado, e subjugado,

Por todas as vontades alheias às minhas vontades

E pelas mentiras longe de serem as verdades

Que me determinam como um ser que é humano,

E te há de um dia julgar por todo o dano

Que infligiste neste meu dormente coração!

Cansei-me de aguardar pela volta de quem não partiu,

E pela ausência distante quem sempre fugiu

A cada passo dado para a aproximação.

Cansei-me de resistir à veemente tentação

Que se mostra sem pudor nenhum,

Despida de qualquer tolo preconceito

E que me guarda o devido respeito

Mesmo quando podia não o fazer.

Cansei-me de sofrer, sorrir, calar, morrer e procurar

Sem me encontrar, pedir, ficar e dizer

Sem escutar, aquilo que digo por amar,

Alguém que é um olhar e uma alma só!

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