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Artigos-->Vida praiana -- 18/07/2005 - 08:45 (Moacir Rodrigues) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
VIDA PRAIANA

, Moacir Rodrigues



Quando o sol desponta lá no horizonte, aparentando estar revestido de uma cor dourada, a gente fica pensando que ele está saindo do fundo do mar. Usando-se o poder da observação, vê-se, minutos depois, que ele já vai se distanciado da água, subindo em direção ao firmamento. De vez em quando é coberto por nuvens passageiras da cor de fumaça, mas os seus raios são perfurantes e não se conformam em ficar escondidos. Viajam na velocidade da luz para esquentar a terra e fazer escorrer as últimas gotas de sereno das folhas das árvores. É assim que se dá o nascer do sol nas praias da região leste brasileira. Nas ruas próximas à praia, os automóveis buzinam e os coletivos abrem e fecham suas portas apanhando e despejando os trabalhadores que vêm atuar nos arranha-céus localizados à beira-mar. São operários carregando as suas roupas e marmitas, enquanto as babás e empregadas domésticas, mais bem vestidas do que as patroas, chegam, uma a uma, para cuidar dos bebês e das moradias enquanto simultaneamente os patrões, que desempenham tarefas de executivos, ou muitas vezes são empresários, saem de casa para um novo dia de trabalho. Enquanto isso, os turistas, que convergem de outros estados e de outras cidades vão chegando pacientemente para o banho de mar. Alguns já vêm especialmente trajados para o completo banho nas águas verdes-azuis do oceano Atlântico. Outros preferem utilizar o campo de areia para jogar a tradicional partida de futebol. Alguns, antes de se dirigir à água preferem tomar uma agüinha de coco buscando um melhor paladar e com vistas a dar uma enganada no estômago. Em seguida começam a chegar os sempre presentes vendedores de óculos escuros, de pastéis e outras iguarias, protetores de pele, doces de todos os sabores, toalhas e até as decantadas saídas de praia. Aqueles que estão gozando suas merecidas férias, embora achem tudo muito esquisito e cheio de confusão, ficam maravilhados com a chegada do calor e com o clima especial que a praia oferece, inteiramente de graça, aos visitantes. Enquanto isso, no calçadão da praia desfilam-se apressados os caminhantes que, para manter o corpo em forma, praticam os seus exercícios aeróbicos. Algumas horas passadas, vê-se um alvoroço de pessoas que se juntam numa determinada direção e quando vai se apurar o que está acontecendo, constata-se que são os pescadores profissionais que estão retirando do mar uma enorme quantidade de sardinhas e outros peixes. Como a retirada das redes tem os seus segredos, os pescadores apenas pedem ajuda para puxá-las de dentro do mar. Forma-se, então, aquela corrente e todos os presentes passam a fazer força para trazer para a areia os milhares de exemplares pescados durante a noite. Os peixes pulam, brilham com a sua cor prateada e tudo é motivo de muita satisfação, dos pescadores porque fizeram a colheita, e dos banhistas pela experiência de ajudar a colher a produção. Assiste-se ainda o trabalho dos garis da Prefeitura que passam recolhendo o lixo, as latas e tudo que é encontrado no calçadão e nas praias. No meio do lixo recolhido alguns objetos e garrafas vindos do fundo do mar, entre eles uns com mensagens escritas a quilômetros de distância. Aliás, é voz sonante entre os pescadores que o mar não aceita o que não é dele. Tudo o que é nele jogado, mais cedo ou mais tarde ele joga para fora. Desta forma, se alguém abusa e acaba afogando, sendo levado para as águas agitadas, em poucos dias estará sendo jogado para fora. Todavia, à medida em que o sol vai subindo e aquecendo a areia e as águas, os banhistas vão procurando meios de se protegerem na sombra, debaixo das barracas, das árvores e assim por diante. Mas vez por outra ocorre um fenômeno quase indescritível. Trata-se da chegada dos cardumes. Os peixes em grandes quantidades passam a pular para fora dágua e os pássaros passam a fazer vôos rasantes para pegá-los no momento em que pulam para fora dágua. É algo muito bonito. E por falar em peixe não há quem resista, ao sair da praia com o estômago vazio, deixar de sentar, por um minutos, para comer um peixinho frito. É novo, cheiroso e gostoso. Quantos e quantos não fazem este sacrifício ? É assim a vida praiana. Se você ainda não teve essa experiência, visite uma praia, descanse com a família e aproveite a beleza que só a beira-mar pode lhe oferecer. Que de preferência seja a Praia da Costa em Vila Velha/ES.



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