É tão sofrido ver com que falta de escrúpulos se trata, em nosso País, das coisas públicas. Parece que se pensa que, por serem públicas, devem ser utilizadas a bel prazer. Em benefício próprio. E dos amigos. Não do público. A que pertencem.
E, ao aprofundamento da questão, mais pessoas, que se julgava serem de confiança, são descobertas comprometidas com o dolo. O desvio. O alcance. E a apropriação indébita.
Por quê? Afinal, são pessoas bem formadas. Espera-se. Porque eleitas pelo povo. Na quase certeza de um Brasil melhor. Ou nomeadas pelos eleitos.
Houve um ato cívico de esperança. De pretendida renovação. Povo nas ruas disputando ideologias. No voto. Que se pensou bem depositado. Ou digitado. Em urnas eletrônicas.
Sim. Urnas eletrônicas. Num País de pobreza. De levas de analfabetos. De desempregados. De subemprego.
Mas houve esperança. De novos rumos. Que vieram. Com decepção. Infelizmente.
A moda atual é “democratizar”. Programas. Projetos. “Distribuir rendas”. Não as próprias. Mal acumuladas. De origem suspeita. E de suspeito lugar de depósito. Não no Brasil. Mas as dos outros. Sem procurar saber como foram adquiridas. Distribuição de rendas na marra. Através de chamados “movimentos sociais”. Que de sociais têm só a arregimentação. De grande número de enganados. Sem emprego. Sem salário. Sem teto. Sem trator. Sem esperança. Sem estudos. Sem educação. Vergonha... Dignidade... Ânimo... Personalidade... Seguidores de “líderes” idealistas. Mas de fundamentação perigosa. Para os quais os fins justificam os meios.
Será que ao Brasil ainda interessa totalitarismo implacável? Agradou a alguém o último que tivemos? De extrema direita? Por mais de duas décadas?
Extremismos não levam a nada. A não ser ao terror. Ao medo. Ao atraso de vida. Injustiças. Obscurantismo. Facilitações. Espertezas. Desequilíbrio social. Pobreza. Exceto para os que “mandam”.
O Brasil merece um futuro mais promissor. De verdadeira democracia. Dentro do meio termo equilibrado. De dirigentes com personalidade. De políticos de representatividade moral. Invendíveis. Fiéis a programas políticos sérios e compromissados com o povo.
Acredito na juventude. Porque convivo com jovens esperançosos. Que querem acreditar no Brasil. Em seu futuro. E que votam também. E que podem modificar esta situação para melhor. Já que nós não fomos capazes de o fazer...