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Artigos-->NATUREZA E IDEOLOGIA -- 22/06/2005 - 17:38 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
NATUREZA versus IDEOLOGIA



Francisco Miguel de Moura*





O impasse do mundo atual não é entre democracia e ditadura, islamismo e cristianismo, terrorismo e ideologia liberal. Caído o comunismo, muitos tiveram a ilusão de que gozaríamos uma paz duradoura, sem guerras. Não obstante pregar a igualdade entre os homens e sua felicidade, o comunismo/socialismo tentou fazê-lo pela força, ditadura, guerra, ideologia. Todas as ideologias são prejudiciais ao homem, a sua paz e liberdade. Infelizmente, as religiões são ideologias. A que nos parece mais cruel, mais sangrenta, neste momento, é o islamismo. Mas há muitos tipos de terror. Dentro do próprio cristianismo presenciamos o país mais poderoso e que se considera dono do mundo praticar um fundamentalismo funesto: os Estados Unidos, comandados atualmente pelo W. Bush, um terrorista tal como os que ele pensa estar combatendo. Não se combate terror com terror, o mal com outro mal. Nem a guerra com a guerra. Temos o exemplo fascinante da Índia, sob o comando de Gandi, quando, depois de cem anos de colonialismo da Inglaterra, conheceu a vitória sem guerra, sem destruir inocentes, jovens e velhos, mulheres e crianças.

Estas reflexões me vieram à mente depois da leitura de duas matérias na revista “Veja” (22.6.2005), a primeira, a entrevista em páginas amarelas, de Ayaan Hirsi Ali, uma holandesa de origem somali, contando como foi ameaçada de morte por um fanático islâmico, entrevista concedida numa ruela de Paris, quando a parlamentar e roteirista de cinema se encontrava acompanhada de guardas de seguranças; e ela conta também os horrores que sofrem as mulheres no mundo Islã e, de modo geral, a população. Ainda bem que o Irã, em sua recente eleição, demonstra desagrado pelos os ayatolás e pelos religiosos de modo geral, de forma que a população jovem já não obedece aos apelos para a oração. A segunda matéria dá conta do escritor Salman Rushdie, também nascido e criado em país islâmico, já tendo morado na Inglaterra e agora vive nos Estados Unidos, também um condenado à morte por ter escrito e publicado o livro “Versos Satânicos”, ofensivo a Maomé, segundo o Corão. O novo livro de Rushdie tem o nome de “Shalimar, o Equilibrista” e vai ser lançado em tradução portuguesa no Brasil (antes que a do original inglês), na Festa do Livro em Parati, RJ, de 6 a 10 de julho deste ano. O primeiro capítulo da referida obra está na revista e trata justamente de problemas dos que vivem ou viveram como o autor em país islâmico, no caso a Caxemira (entre Índia e Paquistão), contestando a ideologia religiosa pela sua arte ficcional.

Karl Marx, continuando a doutrina comunista dos primeiros pregadores, franceses em sua maioria, confirmava que “a propriedade é um roubo”. Levou ao extremo. O comunismo e o socialismo são fundamentalistas. O cristianismo de uma boa parte da América do Norte, comandada por W. Bush, é fundamentalista, assim como o Papa quando demora muito (às vezes séculos) a reconhecer os avanços da ciência, quando mandou queimar homens e mulheres inocentes na fogueira, quando benzeu soldados e armas de guerra. Pelo menos nisto Cuba tem razão: religião é coisa íntima, sua prática deve ser apenas doméstica. Nada de obrigatoriedade moral, ética ou educativa (ensino nas escolas, explico).

O homem, no início, não era comunista, socialista nem neoliberal, era natural. Assim deve ser: secular e livre. As ideologias, todas, encobrem o poder, a violência, a desumanidade.

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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, mora em Teresina porque quer, seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br













































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