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Poesias-->Deusa Poesia -- 17/04/2002 - 20:27 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Deusa Poesia



Assim, acredito-te poesia.

Tu que me falas muitas vezes,

A palavra do impossível

Ou do apenas desejado.



Assim, acredito-te poesia.

Por registrares sob matizes diversos

A humanidade do universo

Em que te envolves.



Assim, acredito-te poesia.

Tu que me permites imagens

E cenários tão distintos,

Quando por minhas mãos

Deixas-te ser despida.



Assim, acredito-te poesia

Quando invocas os meus olhares

Para que te provem acariciando-te,

Ouvindo-te não apenas o som,

Mas identificando o tom da tua melodia.



Assim, acredito-te poesia.

Tu que me provocas

Uma intimidade de gestos,

Sentidos e expressões

Que vão além da letra

Consumada e consumida.



Assim, acredito-te poesia,

Porque me és natural

Como o deslizar de águas do rio ao mar.

Crias-me e recrias-me,

Quando dás-me a conhecer

As faces múltiplas da minha emoção

E do meu contemplar o mundo.



Assim, acredito-te poesia.

Quando fazes encontrar-me

Com meus tantos silêncios.

Como se eu tocasse a alma das palavras.

E tanto mais é inquietante

E, ao mesmo tempo pacificador este encontro,

Quanto mais me permito

A liberdade do apenas sentir-te.



Assim, acredito-te poesia,

Porque as asas das letras

Fazem-me alcançar horizontes inimagináveis,

Como se fosse o infinito

Apenas passagem e nunca destino.

Flutuo em teu ventre poesia

Entre o dizer e o sentir.

E há sempre uma lacuna,

Um hiato no verbalizado,

Como se fosse um espaço a ser fertilizado

Com a gestação de um outro verso.



Assim, acredito-te poesia,

Porque sempre haverá em teus lábios

Uma prece emudecida

Como se estivesses no templo,

À espera da súplica dos olhos,

De alguém que te contemple.



© Fernanda Guimarães

Em 17.04.02





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