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cronicas-->AVALIAÇÃO FINAL -- 11/12/2001 - 19:47 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Pode até parecer com a história de alguém; os nomes podem coincidir; o momento, mas com certeza será uma mera coincidência.
Já andavamos envoltos em clímas; era o natalino, que nos deixava sensiveis; era do término do curso que nos deixava cansado; eram os problemas pessoais alhiados a desigualdade dentro de sala e como se não bastasse, o estress das provas finais.
E justo naquela noite de dezembro, era prova final de matemática. Ninguém relaxava, andavamos de um lado para o outro e de vez enquando uma discursão. O professor não chegava; gente esquematizava, trocavam de lugar nas fileiras das carteiras; gesticulavam e com isso o barulho aumentava. Houve até um discurso enfadónio, cujo teor era a tal solidariedade em colar, ou melhor, passar cola pro colega. Ora vejam só a que ponto chegamos! Mas quem nessa vida nunca colou?!
Porém dizia o discurso:
- A gente passa o ano todo se dedicando, se dividindo em sacrificios pagando essa faculdade a duras penas e recebemos em troca esse ensino mediocre. E se formos reivindicar algo, a direção nos poda, nos dão as costas. Podemos citar os colegas que estão excluidos da folha de chamada, por falta de pagamento, inclusive nem sabem se vão formar ou receber o "canudo".
E é certo que muitas das vezes esse ano nos acomodamos em nossas diferenças e deixamos o barco corre, entretanto estamos outra vez diante de nós. É bom lembrar o fato que daqui a exatamente uma semana muitos de nós estaremos na realidade, ou seja, formados e desempregados, com base na infra-estrutura, que o governo e a entidade nos dá pra continuar a disputar esse mercado infinitamente deseigual. E blá, blá, blá...
O professor entrou na sala. Todos correram feitos alunos do primeiro grau e assentaram-se quase caindo em suas marcadas carteiras.
João Paulo II, o nome do ilustre professor, taciturno, olhou fixamente o horizonte das disposições das carteiras, balançou a cabeça qualquer coisa, como negativa, mas não esboçou esforço pra mudar nada, apenas deu uns passos em direção ao seu lugar e sem dizer nada, escreveu no quadro o ínico da prova 19:30 e o seu termino 22:00; como ninguém relutou,puxou um envelope amarelo de sua bolsa, deslacrou e concomitantemente a entrega da prova com a face voltada pra baixo, ouvia-se o aumento dos murmurios,a suadeira danada, o festival de cutucada ao colega, a fim de lembrar-lo do acordo firmado, misturado ao aviso do professor, que deixou todos estarecidos:
-Caros amigos, antes de mais nada boa noite! Informo-lhes que nada sei e que quem quiser ir ao banheiro o faça agora. Após virar a prova ninguém mais sai, a menos que tenha um atestado médico. E ates que desejasse boa prova Babyane interpós:
-Professor aqui está o meu atestado! Examinado pelo leigo, ainda que de certa cultura é mais fácil ser liberal do que ser radical numa hora dessas.Assim sentenciou o professor:
-Nesse caso só sai a Babyane!Pra alívio geral da turma.
No transcurso do exame, isto lá pelas 21:00 horas, a sala estava só um silêncio, ao mesmo que um desespero, pois ninguém havia resolvido uma só questão, de tão apimentada que estava aquela prova. E me parece que o discurso estava valendo, pois ninguém saiu de sala e todos apostavam em Babyane. Até os metido a sabidos não queriam arriscar e aqueles que são honestos, não colam, tratavam de na surdina esperar e apostar na máxima contestadíssima de Maquiavel. Seja ela mal interpretada ou não, naquela hora os meios tinham que justificar os fins.
E a menos de quinze minutos passados das 21:00 horas, Babyane tomou coragem e foi ao banheiro. O amigo oculto a esperava, ela levou as perguntas e trouxe as respostas numa folha de caderno.
Agora o dilema era como passar cola pra toda a turma em menos de trinta minutos pro final?
Entre essa pergunta e o nervosismo, já em seu canto quase desmaia, quando deparou com os olhares fixos do João Paulo. Acredita-se que ele até iria interrogá-la, mas...
Do nada, lá fora apareceu um carro som,com um barulho ensurdecedor, comandado por dois malucos empunhando guitarras e cantando "eu te amo João Paulo". E como se não bastasse o fuzue armado, entravam na sala, sem pedir licença, uns dez cestos de de flores variadas, com uma carta quilométrica, declamada por uma moça pálida e bastante sorridente.
Ninguém sabia mais onde estava; alguns corriam pras janelas, outros corriam pra adorar as flores, um esperto decorava o quadro com a cola e o professor coitado, vermelho em estado de choque foi levado por outro aluno, pra tomar água no corredor.
Era tanta emoção, que o primeiro grau, faculdade ou estação, não deixou ninguém a desejar o jardim. Todo mundo colava e achava graça.
Hove até um cometa(alunos que só apareciam pra fazer prova) que disse emocionado:
- Rapaz nunca colei tanto em minha vida!
Quando o professor recobrou o instinto e voltou a sala, já pelas 21:35 mais quem lhe entregava a prova.
No outro dia o resultado não podia ter sido outro, 10(dez) pra todo mundo, até quem havia faltado tirou dez.
A direção achou um despautério e se manifestou tentando anular a prova. Os aluno reagiram, cercaram o diretor e o professor. Entraram numa sala discutiram meia hora. Detalhe todos falavam ao mesmo tempo, estava uma zorra.Alguns religiosos lembraram babel. Mas o que ficou mesmo foi só no papel, ou seja, o papel que eles fizeram.
Aos gritos os alunos apresentavam o absurdo e o absurdo em seu silêncio acusava o espaço, que acusava o Diretor, que acusou o professor, que lembrou do seu amor...E por fim terminou como começou. Todo mundo passou, mas essa história marcou.
Você lembra!?
Lembra Bruta flor!? Lembra, né!

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