Nas planícies desertas de Gobi, apresenta-se a história da humanidade, pendente desde o caldo primordial.
O Senhor do Tempo, assemelhando-se aos sacerdotes atlantes, vaticinou o destino do Homem.
Sobre as terras escaldantes do Saara, nos confins de Gizeh, monumentos, testemunhas plácidas e serenas dos efeitos parafísicos alienígenas, contemplam enfadadas a repetição da história. Preciso criar... não consigo. Tateando pelo breu que enfeita as cavernas de minha memória, rebusco arquivos enteados pelo emaranhado sem fim do DNA cósmico. O que fazer? Das ilhas paradisíacas de Paros, até as enseadas lunares de Titã, observo os mundos perdidos do amanhã.
O sol desce findando um outro dia, quebrando o ofegar dos homens. Marcas nas mãos para os que se santificam pelo trabalho, marcas nas testas para os que se santificam pelo espírito.
Reboa o trovão, que parte a Terra em ressonâncias, e o negrume de três dias se faz presente. O calor derrete a amálgama de células perdidas, e funde o magma de um novo ser.
Não ouço, não vejo, não sinto. Durmo. E eis que acordando do pesadelo, a luz primordial invade-me. E um mar... Um mar indescritível de milhares de matizes, que se confundem, enquanto desfia a música das esferas, tocando-me principalmente e ressonante com meu ser.
Eis a história. Eis os espectadores. É só querer, e seremos todos atores no palco do Universo em transformação. Eis que os mistérios que atormentaram os Templários provocaram cruzadas, sociedades secretas, estão a claro. Para participá-los aqui estou. É só querer.