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Artigos-->A propósito de Bill Clinton -- 02/06/2005 - 09:11 (Paulo Maciel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reflexões a propósito dos problemas de Bill Clinton











O que se pergunta logo no início deste artigo, de forma direta, é muito simples: deve o homem, a mulher, refrear seu mais básico instinto de vida em razão das conveniências sociais? Deve ser compelido a apenas fantasiar suas necessidades sexuais ou a satisfazê-las esporádica e insuficientemente com um único parceiro? Como deve se comportar aquele cuja libido é exigente, voraz?

Eis o dilema a que somos conduzidos pelo escândalo em que se viu envolvido o presidente Bil Clinton, dos Estados Unidos, apenas porque se deixou dominar por aquilo que é irrefreável em sua natureza. Se o mais poderoso homem do mundo pertence a essa categoria de pessoas, ou seja, aquelas para quem o sexo é a mais veemente necessidade humana, acima de praticamente todos os demais interesses, então é quase certo que ele enfrenta conflitos permanentes, colocado entre o que sua natureza exige e aquilo que a razão tenta impor como limite a seu comportamento social.

No caso do nosso Clinton, sua posição é ainda mais grave, pois é da cultura de seu país que os governantes não podem mentir, mesmo a respeito de questões que só deveriam interessar às pessoas diretamente envolvidas, como é precisamente essa.

Ora, é regra de ouro para quantos transgridem as leis do matrimônio não admitir as relações fora do casamento, sejam elas fortuitas ou duradouras, pelo dano irreparável que a admissão da culpa acarreta ao cônjuge e à estabilidade da união.

Imagine-se, agora, a curiosissíma condição de Clinton, obrigado não apenas a revelar seus casos à mulher mas a confessá-los ao país e ao mundo, através de pronunciamento em cadeia de televisão e entrevistas. É claro para todos que a obrigação para consigo próprio e perante sua família seria a de negar com a maior veemência as relações extra conjugais que lhe eram atribuidas.

Pobre dele, provavelmente pagará mais pelo perjúrio do que pelos atos praticados!

Esse imbróglio do presidente americano nos leva à reflexão sobre como certas regras da convivência humana são desnaturadas e, consequentemente, destinadas a encorajar a prática coletiva da hipocrisia.

O principal objetivo de vida do ser humano é a busca de felicidade, o que quer que isso signifique para cada um de nós.

Para muitos, naturalmente, a fruição do sexo em todas as suas variantes é componente essencial do estado de felicidade, sua não consecução significando, portanto, um impedimento à plena realização pessoal.

E não se diga que a atividade sexual representa apenas a satisfação da libido, um ato físico, pois isso não é verdadeiro. Alem de energia motriz dos instintos de vida, como se define a libido, o sexo atende a satisfações de natureza psico-social, envolve aspectos ligados à auto-estima e, acima de tudo, à química provocada pela emoção, pelo amor, pela paixão.

Pretender que esses sentimentos possam ser permanentemente sufocados, sublimados por uma vida sexual insossa e rotineira, é supor que a natureza se deixe aprisionar por regras convencionais inutilizadoras das necessidades mais profundas do ser humano.

Diga-se ainda, para calar possíveis reações iradas de religiosos e puritanos ofendidos, que aqui não se está a defender ou a estimular a promiscuidade, as patologias sexuais. Tão pouco se faz propaganda da infidelidade conjugal.

Pode-se compreender uma e as outras, em muitos casos lamentando-se por seus protagonistas e, sobretudo, suas vítimas, sejam eles portadores de priapismo, ninfomaníacas ou, o que é mais grave e hediondo, das perversões que levam à pedofilia, ao estupro.

Nessa questão, felizes são os que encontram os parceiros que se ajustam perfeitamente às suas necessidades, com quem podem manter um relacionamento duradouro e inteiramente satisfatório.



16.09.98

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