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Artigos-->MIGUEL GUARANI - 4 -- 29/05/2005 - 21:23 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
MIGUEL GUARANI, UMA BIOGRAFIA(4)





Francisco Miguel de Moura*





Cedo Miguel toma outro rumo na sua vida de trabalhador braçal, torna-se mestre-escola, em virtude de sua inteligência reconhecida pelo pai e pelos irmãos, pelos parentes e conhecidos do Diogo. Então é preciso, desde logo, registrar sua vida de mestre, a profissão que, bem ou mal, lhe deu o sustento e à família.

Cantorias, só a partir do princípio dos anos 1940 – não é possível precisar bem o ano – ele realizava-as esporadicamente, quando aparecia um parceiro em sua casa. Nunca saiu de viola em punho, em busca de cantoria. Saía, sim, em busca de alunos – pequenos e grandes – para alfabetizar e ensinar os primeiros rudimentos da aritmética. Conhecia as lições de Antônio Trajando do princípio ao fim, ou seja, a Aritmética Elementar. Com o passar dos anos, Miguel Guarani foi-se aperfeiçoando, quer por conta própria, quer procurando pessoas mais experientes, e já na idade madura destrinchava também a Aritmética Progressiva, passo mais avançado do Prof. Antônio Trajano.

Anos e anos lecionou em casas e fazendas, aonde era chamado, em toda a redondeza de Picos (de Itainópolis a Alagoinhas, de Jenipapeiro às Guaribas e até muito pra lá, no sertão de serras planas já limítrofes com Valença e Pimenteiras). Só em 1941 passou a lecionar por conta da Prefeitura Municipal de Picos, recebendo salário. Mas, como não possuía os documentos de reservista (do Exército), fazia esse trabalho em nome de sua irmã, Adélia Rosa de Moura, legalmente a professora. Ele nunca se incomodou com essas bobagens da burocracia, vindo a pagar caro por isto no futuro.

Assim continuou trabalhando no nome de sua irmã por algum tempo, Não pode o pesquisador precisar o ano em que realmente recebeu seu documento militar, mas não deve ter demorado muito não.

Uma reviravolta na política do Estado, porém, colocou-o fora do quadro de professores municipais da Prefeitura de Picos, já à época, no povoado Santo Antônio, ribeira do Riachão – e teve que se ajeitar com uma escolinha particular. O resultado é que a escolinha cresceu contando com a boa amizade dos proprietários e comerciantes mais influentes dali, que lhe mandaram seus filhos e filhas para melhorar a bolsa do mestre-escola.

Mais tarde, quando precisou aposentar-se, encontrou todas as portas da lei fechadas. A reviravolta política que lhe ocasionou a demissão foi a eleição e posse do Governador Rocha Furtado. Pelo Estatuto do Funcionário Público da época, faltavam-lhe apenas 6 meses para ter direito à merecida efetivação no cargo. Nunca conseguiu aposentadoria. Ainda tentou, pelo que se sabe, pela Previdência Social, mas foi barrado. Não tinha condições de provar o seu tempo de serviço, a maior parte dele prestado em nome de sua irmã acima mencionada.

No próximo capítulo, transcreveremos documento referente ao fato, anotado na imprensa e na literatura dos livros da história do ensino público no Piauí.

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*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, atende por seu e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br





















































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