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cronicas-->MEMÓRIAS DO BRASIL -- 09/12/2001 - 11:56 (Felipe Cerquize) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Nasci em 1958 e algumas coisas que deveriam passar batidas pela memória de uma criança/ adolescente acabaram ficando sedimentadas na minha. Por exemplo, alguém recentemente falou para mim sobre Flávio Cavalcanti e lembrei-me de praticamente tudo que acontecia nos programas dele, nas décadas de 60 e 70. Em Santa Cruz, onde morava, era muito difícil sintonizar a Globo e eu assistia mais a TV Tupi.

Aos domingos, tinha o Programa Flávio Cavalcanti, um show de variedades, que começava às 6 horas da tarde (teve uma época que passou a começar às 5 da
tarde, com cenas dos bastidores do programa, tamanho o sucesso)e ia até as dez da noite. Vários quadros: 1.Que Idéia Bem Bolada, onde inventores mostravam seus inventos; 2.Eu Juro que Vi, com casos de assombrações contadas por aqueles que diziam tê-las presenciado; 3. Fora de Série, quadro com pessoas que haviam feito alguma coisa de excepcional (Música de
apresentação do quadro feita por Marcos e Paulo Sérgio Vale: "Fora de série, fora de série. Chateaubriand, Sinatra, Chico Anísio. João Gilberto, Elis Regina, fora de série são...). Não raro, a presença de Roberto Carlos.
Também havia uma gincana no programa e, certa vez, a tarefa era mostrar uma notícia inédita relevante para o mundo. E sabe o que o grupo fez? Levou o repórter Alberto Curi para anunciar a inauguração da Transamazónica muito antes de os tratores terminarem a terraplenagem daquela triste estrada. Ridículo, mas tendo tudo a ver com a situação política da época.

No início, o programa de calouros também era aos domingos. Figuraças no júri: José Fernades(vilão), Márcia de Windsor (Boazinha), Carlos Renato, José Messias, Mr. Eco (É mole!), Sérgio Bitencour (Olho a rosa na janela, foi um sonho pequenino. Se eu pudesse ser menino, eu pegava essa rosa e ofertava todo prosa à primeira namorada...), Dener (Um luuuxo!). Até Nélson Mota e Mariozinho Rocha chegaram a fazer parte do corpo de jurados. Depois, fizeram A GRANDE CHANCE e o programa passou a ser isolado e apresentado às
quintas-feiras (Não me lembro se com o nome A GRANDE CHANCE chegou a ser apresentado aos domingos). Surgiram bons nomes ali.

Hoje reflito e vejo que Flávio Cavalcanti era uma figura que gostava de jogar para a platéia. Às vezes, dava chilique e quebrava disco dos outros na frente de todo mundo e ficava esbravejando. Havia um tal de Manhoso que ficava na cola dele e ele maltratava o pobre do compositor na frente de todo mundo. Mas o senhor Flávio (como dizia o jurado Humberto Reis)fazia questão de levar o tal de João da Praia pra cantar a música (?) Aonde a vaca vai, o boi vai atrás...

Como diz Guttemberg Guarabyra, "Mémórias de um Brasil que não volta mais..." E, nisso tudo, como diria Casimiro de Abreu, eu me satisfaria se voltasse "a minha infància querida, a aurora da minha vida que os anos não trazem mais".

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