Hoje, 20 de novembro de 2008, infelizmente “estamos” comemorando o DIA DA CONSCIENCIA NEGRA.
Eu não estou comemorando nada, não podemos oficializar o racismo e a segregação, não foram os negros os únicos escravos, os escravos foram e ainda são os pobres, independentes da sua raça ou cor da pele.
Ouvindo o jornal, indignado desliguei o televisor, acabei de ouvir que a Câmara dos Deputados deu mais uma demonstração de insensatez e despreparo para criar leis que beneficiem a população mais pobre do país.
Criaram uma lei onde nas Universidades Públicas metade das vagas será reservada para Negros, Pardos, Índios e Alunos do Ensino Médio em escolas públicas.
E acham que estão ajudando os menos favorecidos.
E os negros pobres?
E os pardos pobres?
E os brancos pobres?
E os índios de verdade?
Como e onde irão estudar?
Ao criar estas malditas cotas os políticos abrem brechas para todo tipo de falmacutaia.
Quando criaram o ENEM para avaliar o ensino das escolas públicas e o resultado passou a ser item de avaliação para a universidade, rapidamente ele foi estendido para as escolas particulares e pipocaram cursinhos para preparar o aluno preguiçoso.
Ao criarem estas cotas...
Os filhos dos ricos serão matriculados em Escola Pública de manhã e freqüentarão cursinhos à tarde ou vice e versa.
E as vagas nas Universidades Públicas, que teoricamente seriam dos pobres vão continuar sendo ocupadas pelos filhos da elite.
O governo vai construir mais escolas de ensino médio?
Vai melhorar o ensino nas Escolas Públicas?
Se fizer isto não precisa estipular cotas para ninguém.
Deixe que a vaga seja preenchida pela competência.
Apenas uma coisa deve ser feita: Dar prioridade ao mais pobre.
Qualquer beneficio de poder público para o povo deveria levar em conta a situação socioeconômica da família.
Não importa se é negro.
Branco.
Albino.
Mulato.
Índio.
Quando criaram a cota para Negros, milhares de branquelos passaram a jurar que eram pretos ou filhos e netos e afro-descendente.
Tem de haver um diferencial para separar pobres e ricos, já que na vida real eles estão separados e não freqüentam os mesmos lugares.
É preciso abrir as portas do que é público para dar acesso aos mais pobres.