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Poesias-->O prisioneiro de mim -- 13/04/2002 - 14:29 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) |
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Sou prisioneiro de mim
De uma distante lembrança
Numa alameda sem-fim
Deixei pedaços da infância
Nas tardes colhia araçá
E tomava banhos na sanga
Com o canto do sabiá
Sumia nas trilhas da pampa
Pega-pega, esconde-esconde
Futebol no campo da liga
O guri cresceu num segundo
Pulando sapata no jogo da vida
De mim sou prisioneiro
Quando provei a última pitanga
Deixei um distante braseiro
E adormeci na rede da varanda
Tempo: Uma barca à deriva
Foi-se a infância em rio profundo
Sigo batendo remos na saudade
E me vejo pelejando pelo mundo
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