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Discursos-->O Capital, de Marx, vira manual da crise -- 20/11/2008 - 17:19 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O Capital, de Marx, vira manual da crise

D I V U L G A Ç Ã O


É UMA PENA. EM VEZ DE PROCURAREM LER MARX PARA ENTENDER A ATUAL CRISE FINANCEIRA MUNDIAL, OS ALEMÃES E EUROPEUS EM GERAL DEVERIAM LER OS ECONOMISTAS DA ESCOLA AUSTRÍACA, QUE ESCREVERAM EM ALEMÃO.

MAIS ABAIXO TRAGO UMA RESENHA DO CAPÍTULO "A TEORIA DA EXPLORAÇÃO", EM QUE EUGEN VON BÖHM-BAWERK MOSTRA OS CRASSOS ERROS DE MARX SOBRE ECONOMIA.

Rodrigo Constantino

*

O `Capital` vira manual da crise

O Globo - 17/10/2008

Clássico de Karl Marx volta à moda na Alemanha em meio à turbulência financeira BERLIM. Duas décadas após a queda do muro de Berlim, a crise financeira global provocou uma corrida às livrarias alemãs pelo clássico "O Capital", livro de 1867, em que Karl Marx analisa o modo de produção do capitalismo e que serviu de base para a ideologia marxista. Joern Schuetrumpf, responsável pela editora KarlDietz, de Berlim, que edita a obra de Marx, disse ao jornal alemão "Neue Ruhr Zeitung" que as vendas do primeiro volume da obra triplicaram desde o ano passado, chegando a 1.500 exemplares este ano.

Para o mês de dezembro, a editora espera um aumento da demanda, considerando que algumas das teorias escritas pelo filósofo - entre as quais aquela que afirma que o capitalismo em excesso acaba por se autodestruir - estão mais atuais do que nunca. O próprio governo alemão pode ter contribuído para o fenômeno de vendas de Marx nas livrarias, já que no fim de setembro o ministro das Finanças alemão, Peer Steinbrueck, declarou ao jornal "Der Spiegel" que "tudo o que está acontecendo mostra que algumas partes da teoria marxista não estavam tão erradas". - Todos pensaram que nunca mais haveria demanda pelo "Capital" - disse Schuetrumpf à agência Reuters. - Até mesmo banqueiros e gerentes estão agora lendo "O Capital" para tentar entender o que eles estão fazendo a nós. Marx está decididamente na moda agora.

O revival do tratado de Marx reflete uma ampla rejeição ao capitalismo por muitas pessoas na ex-Alemanha Oriental, um país comunista até 1989 e agora afetado por alto desemprego e pobreza.
Um mês de intenso caos financeiro atingiu bancos americanos e forçou governos, inclusive o alemão, a adotarem uma série de medidas de resgate, reforçando o sentimento anticapitalista.
Uma pesquisa recente revelou que 52% de alemães orientais acham que a economia do mercado livre é "insustentável" e 43% disseram preferir o socialismo ao capitalismo.

***

Entenda o que é Marxismo

Livro `Uma luz na escuridão` Rodrigo Constantino - Editora Soler - Instituto Liberal EUGEN VON BÖHM-BAWERK (1851-1914) A TEORIA DA EXPLORAÇÃO (Páginas 86 a 90)

"O sistema econômico marxista, tão elogiado por hostes de pretensos inte­lectuais, não passa de um emaranhado confuso de afirmações arbitráriase conflitantes." (Ludwig von Mises) Poucas teorias exerceram tanta influência como a teoria socialista de juro, ou mais conhecida como "teoria da exploração".

De forma resumida, ela diz que todos os bens de valor são produtos do trabalho humano, mas que o trabalhador não recebe o produto integral do que produziu, pois os capitalistas tomam para si parte do produto dos tra­balhadores.

O juro do capital consistiria, pois, numa parte do produto de trabalho alheio que se obtém através da exploração da condição de oprimidos dos trabalhadores.

Os dois grandes expoentes dessa teoria foram Rodbertus e Marx, e um dos primeiros economistas a apresentar uma sólida refutação dela foi o austríaco Eugen Von Bohm-Bawerk. Mises definiu a sua obra como "a mais poderosa arma intelectual que se tem para a grande batalha da vida ocidental contra o princípio destrutivo do barbarismo soviético".

Segue um resumo dos principais pontos abordados por ele, com especial foco na teoria marxista. Um dos primeiros pontos onde se pode atacar essa teoria é no que diz respeito à afirmação de que todos os bens, do ponto de vista econômico, são apenas produtos de trabalho.

Se fosse verdade que um produto vale somente aquilo que custou de trabalho para produzi-Io, as pessoas não iriam atribuir um valor diferente a um magnífico barril de vinho de uma região nobre vis-à-vis o vinho de outra região pior. Uma fruta achada não teria valor algum também.

Outro ponto importante é que a teoria comumente ignora a diferença entre valor presente e valor futuro, como se fosse indiferente consumir um bem agora ou daqui a dez anos. O trabalhador deveria receber, segundo os seguidores de Rodbertus, o valor total do produto. Mas eles esquecem que o produto pode levar tempo para ser produzido, e o salário de agora tem que re­fletir esse custo de espera, sendo, portanto, menor que o valor futuro do bem. Bõhm-Bawerk diz sobre isso:

"O que os socialistas desejam é, usando das palavras certas, que os trabalhadores recebam através do contrato de trabalho mais do que trabalharam, mais do que receberiam se fossem empresários, mais do que produzem para o empresário com quem firmaram contrato de trabalho". Partindo mais especificamente para a teoria marxista, acredita-se que o valor de toda mercadoria depende unicamente da quantidade de trabalho empregada em sua produção. Marx dá mais ênfase a esse princípio do que Rodbertus.

Marx vai ,direto ao ponto em sua obra O Capital: "Como valores, todas as mercadorias são apenas medidas de tempo de trabalho cristalizado".

No limite, uma fábrica de gelo construída no Alaska teria o mesmo valor que uma fábrica de gelo construída no mesmo tempo e pela mesma quantidade de trabalho no deserto do Saara.

A teoria marxista de valor ignora totalmente o fator de subjetividade e utilidade do lado da demanda. Ela não leva em conta que o fato de trabalho árduo ter sido empreendido não é garantia de que o resultado terá valor pela ótica do consumidor.

Ou, ao contrário, ignora que muitas vezes pouco esforço ou trabalho pode gerar algo de muitO valor para os outros, como no caso de uma idéia brilhante. Isso sem falar da diferença de produtividade entre as pessoas, pois é difícil imaginar quem diria que uma hora de trabalho de um grande artista é equivalente a uma hora de trabalho de um simples pintor de parede.

Se fosse preciso a mesma quantidade de tempo para caçar um gambá fétido e um cervo, alguém diria que eles valem a mesma coisa? Bõhm-Bawerk demonstra os erros de metodologia de Marx em sua teoria. Na busca do fator "comum" que explicaria o valor de troca, Marx elimina todos os casos que não correspondem àquilo que ele pretende "provar".

O objetivo, desde o começo, é só colocar na peneira aquelas coisas trocáveis que têm a característica que ele finalmente deseja extrair como sendo a "característica comum", deixando de fora todas as outras que não têm. Bõhm-Bawerk diz que ele faz isso como alguém que, "desejando ardentemente tirar da urna uma bola branca, por precaução coloca na urna apenas bolas brancas".

Excluir então os bens trocáveis que não sejam bens de trabalho seria um pecado mortal metodológico. Procedendo desta forma, ele poderia ter usado pratica­mente qualquer característica, concluindo talvez que o peso é o fator comum que explica o valor de troca. Bõhm-Bawerk conclui:

"Expresso minha admiração sincera pela habilidade com que Marx apresentou de maneira aceitável um processo tão errado, o que, sem dúvida, não o exime de ter sido inteiramente falso". Para Marx, a "mais-valia" seria uma conseqüência do fato de o capitalista fazer o trabalhador trabalhar para ele sem pagar uma parte do trabalho. Na primeira parte do dia, o trabalhador estaria trabalhan­do para sua subsistência, e a partir disso haveria um "superávit de trabalho", onde ele seria explorado, trabalhando sem receber por isso. Marx diz então:

"Toda a mais-valia, seja qual for a forma em que vá se cristalizar mais tarde - lucro, juro, renda etc. - é, substancialmente, materialização de trabalho não pago". Por esta estranha ótica marxista, um capitalista dono de uma barraca de pipoca que contrata um assis­tente é um explorador, enquanto um diretor assalariado contratado pelos acionistas de uma grande multinacional é um explorado.

Bõhm­Bawerk não duvidava de que Marx estivesse sinceramente convencido de sua tese. Mas os motivos de sua convicção seriam, segundo o aus­tríaco, diferentes daqueles apresentados em seus sistemas.

Marx, diz ele, "acreditava na sua tese como um fanático acredita num dogma".

Jamais teria alimentado dúvida honesta pelo sistema, questionando de verdade a sua lógica e buscando contradições que derrubassem a teoria. Bõhm-Bawerk diz:

"Seu princípio tinha, para ele próprio, a solidez de um axioma". Afinal, um pouco mais de bom senso e escrutínio não deixaria pedra sobre pedra da teoria marxista de valor. Em primeiro lugar, todos os bens "raros" são excluídos do princípio do trabalho. Nem mesmo um marxista tentaria defender que um quadro de Picasso vale somente o tempo de trabalho.

Em segundo lugar, todos os bens que não se produzem por trabalho comum, mas qualificado, são conside­rados exceção também. Somente essa exceção já abrange quase todos os casos reais de trabalho, onde cada vez mais a divisão especializada leva ao aprimoramento do trabalho qualificado.

No fundo, essas exce­ções "deixam para a lei do valor do trabalho apenas aqueles bens para cuja reprodução não há qualquer limite, e que nada exigem para sua criação além de trabalho". E mesmo nesse campo restritO existirão exceções!

Logo, a tal "lei" marxista que tenta explicar o valor de troca de todos os bens não passa, na prática, de uma pequena exceção de alguma outra explicação qualquer. Essa "lei", não custa lembrar, é um dos mais importantes alicerces das teorias marxistas.

Ainda assim, os marxistas ignoram as "exceções" da teoria e defendem sua universa­lidade, negando a resposta quando se trata de troca de mercadorias isoladas, justamente onde uma teoria de valor se faz necessária. Para tanto, abusam de inúmeras falácias conhecidas, já que quando os fatos contrariam a teoria, preferem mudar os fatos. * Não obstante as gritantes falhas do pensamento marxista e sua teoria de valor, nenhuma outra doutrina influenciou tanto o pensamen­to e as emoções de tantas pessoas. Uma multidão encara o lucro como exploração do trabalho, o juro como trabalho não pago pelo parasita rentier etc.

Para Bõhm-Bawerk, a teoria marxista sobre juros conta com erros graves como "presunção, leviandade, pressa, dialética falseada, contradição interna e cegueira diante dos fatOs reais".

A razão para que tanto absurdo tenha conquistado tanta gente está, segundo Bõhm-Ba­werk, no fatO de acreditarmos com muita facilidade naquilo em que desejamos acreditar. Uma teoria que vende conforto e promete um caminho fácil para reduzir a miséria, fruto apenas dessa "exploração", conquista muitos adeptos. Segundo Bõhm-Bawerk, "as massas não buscam a reflexão crítica: simplesmente, seguem suas próprias emo­ções".

Acreditam na teoria porque a teoria lhes agrada. O economista conclui: `: - Acreditariam nela mesmo que sua fundamentação fosse ainda pior do que é". * Em Anarchy, State, and Utopia, Robert Nozick derruba passo a passo a teoria de valor marxista. O absurdo de que a quantidade individual de trabalho é que determina o valor do produto é facilmente detectado, bastando pensar em objetos naturais que não demandam esforço mas valem muito, bens raros, diferenças geográficas ou temporais, como no caso dos vinhos, e por aí vai.

Mas a teoria de Marx diz que o valor de um objeto é proporcional à quantidade de trabalho "socialmente necessária" para sua produção. Com essa mudança, Marx cai necessariamente na dependência da utilidade. Mas o que é necessário do ponto de vista da sociedade, e quanto é necessário, são coisas que apenas o mercado pode determinar. Logo, a teoria de valor marxista não mais existe admitindo-se as infinitas exceções por conta da utilidade. A noção central da quantidade de trabalho "socialmente necessária" é definida, ela mesma, em termos do processo e das razões de troca de um mercado competitivo.

Afinal, Marx estaria diante de uma referência circular se partisse dos valores nas trocas para inferir a utilidade dos bens, e depois concluir que a quantidade de trabalho "socialmente necessária" é que determina esses mesmos valores finais.

Nozick conclui que a "exploração" marxista é, no fundo, a exploração das pessoas sem compreensão de economia.


Postado por Blog da Resistência Democrática no Resistência Democrática em 11/19/2008 10:55:00 PM


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