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Artigos-->CORREIO DE POESIA - MJG -- 22/05/2005 - 17:18 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
CORREIO DE POESIA – MJG



Francisco Miguel de Moura*



É difícil fazer uma homenagem à poesia, embora os editores de jornais e revistas saibam que todo mundo lê e gosta de poesia. O que os leitores não fazem é comprar, o que é uma pena, para a poesia e para a literatura, menos que para os poetas, essas cigarras abnegadas da humanidade. O título é uma homenagem a Maria José Giglio, nome que traduz as iniciais acima, uma poeta que dispensa adjetivos. E por quê o nome“Correio de Poesia”? Ora, é por onde recebo os melhores livros de poemas que, enfim, não são comercializados pela razão já mencionada. Também porque quero, de uma vez só, homenagear os vários órgãos que divulgam poemas e poesias. O primeiro eles, justo o “Correio de Poesia”, de meu amigo poeta Luiz Fernandes da Silva (que anda um pouco desaparecido de circulação); segundo, a seção “Diversos Caminhos”, do jornal “Correio do Sul”, feita por outro amigo, o Zanoto, benfeitor dos poetas e da poesia, de modo especial; terceiro, a “LB-Revista de Literatura Brasileira”, de outro abnegado, o escritor, Aluysio Mendonça Sampaio; e, não posso esquecer, a revista “Literatura”, do romancista e contista Nilto Maciel. Abençoados sejam todos estes e os demais não citados. A homenagem a Maria José Giglio é especial; ela dirige a “Casa do Escritor”, faz publicações e me manda suas revistas de poesia, excelentes. Acabo receber o nº 4, que li, reli e treli. O leitor deve ter notado que não citei endereço de ninguém nem mesmo a cidade. Porque acho que o endereço do poeta é o mundo, não precisa. Detalhes, mas se os querem, por favor, me telefonem (86-2338329) ou escrevam para o meu atual e-mail: franciscomigueldemoura@superig.com.br Assim é o editorial sua mencionada publicação: “Em grandes dados ocos com o alfabeto pintado em alegre colorido. Com eles aprendi a ler. Desde então desfruto o convívio desses signos. Tive-os por família. E devo-lhes o ter sobrevivido. Do mais fundo desespero salvaram. Da mais radiante alegria foram o motivo. Envolvimento fecundo, são descendência e legado. Talvez memória. Régio túmulo”.

Precisa mais? Ela abre seu livro 4, com este poema: “Porque não houve antes / nem haverá depois // celebro o instante // toco este verso / e danço // aos caracóis”.E assim prossegue nas tantas páginas não numeradas. MJG é uma das vozes mais potentes da poesia brasileira (mundial) de hoje, só possível de comparação com Cecília Meireles, Henriqueta Lisboa, Hilda Hilst, para falar só nas mulheres. A última foi agraciada com um artigo de MJG que termina assim: “Faleceu Hilda Hilst. Calou-se a mais expressiva voz da poesia feminina brasileira contemporânea. E, aqui, apenas a minha sensibilidade repercute a dor de tamanho silêncio”.

MJG, você agora tem que sustentar essa barra: Ser a nossa maior representante viva da poesia feita de silêncio e música que vêm de dentro, bem do fundo de cada um de nós, de muito além do sono e do sonho. Você edifica com a palavra tão solidamente a casa que dirige como a onde você mora, que é você mesma, confundindo-se totalmente com a verdade da poesia – lúcida, firme, serena, mas também a voz dos escuros desencontros da alma. Porque, como escreveu Cioran, “A lucidez total é igual ao nada”.

_________________________

*Francisco Miguel de Moura, poeta e escritor brasileiro; veja endereços de comunicação no corpo deste artigo.



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