Usina de Letras
Usina de Letras
155 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62072 )

Cartas ( 21333)

Contos (13257)

Cordel (10446)

Cronicas (22535)

Discursos (3237)

Ensaios - (10301)

Erótico (13562)

Frases (50478)

Humor (20016)

Infantil (5407)

Infanto Juvenil (4744)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140761)

Redação (3296)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1958)

Textos Religiosos/Sermões (6163)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Quem Rabisca Não Se Arrisca -- 20/10/2002 - 14:15 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Quem Não Rabisca Não Se Arrisca
(por Domingos Oliveira Medeiros)

É o risco brasileiro. É o risco mundial. Basta inventar um boato. E publicar no jornal. Para que seja verdadeiro. E o risco logo acontece. Passa a ser o primeiro. E a imprensa enaltece. O risco é diário. Já sai no noticiário. A cotação é freqüente. Pra alegria de alguns. Para a inveja de muitos. E para tristeza da gente. Até a moeda, o dólar. Que servia de comparação. A moeda americana. Daquela grande nação. Passou a adotar o risco. O risco da pichação.

E assim. De rabisco em rabisco. Rabisca-se quem não merece. Aumenta-se toda a despesa. O risco é como um trovão. Risca o mercado financeiro. A bolsa fica no chão. Cai o índice Nasdak. E o índice Dow John. Acaba com a economia. A economia mundial.E não leva muito tempo. É da noite para o dia. Agora ninguém mais trabalha. Agora ninguém mais produz. Vivemos de mentirinhas. O risco é a nova luz.

Fuxicos e coisa e tal. Realidade virtual. Concentrando mais a renda. Acumulando capital. Onde quem ganha dinheiro. São os próprios pichadores. Que vem lá do estrangeiro. Fazem aqui o carnaval. A peso de dólar e de ouro. Invadem o nosso tesouro. Em nome do financeiro. Vez por outra um novo risco. Quem se arrisca não petisca. Quase sempre se dá mal. Se pertence a outra tribo. Do mercado natural.

O dólar sobe de novo. E tudo volta ao normal. Até quando esse jogo? Só arrisca quem rabisca. Com a vida das pessoas. Enquanto tiver papel. E lápis bem apontado. E dinheiro emprestado. Haverá sempre um riscado. Haverá sempre um rabisco. Assim falou o Ministro. É a lei que move o mercado. Mercado que o povo não entra. Não há dinheiro na praça. Dinheiro pequeno, trocado. Prá dar esmola ao povão. Que passou a ser mendigo. Tratado como inimigo. Andando na contramão. Desta imensa nação.

Mas a chance é agora. De dar o troco devido. A quem foi tão atrevido. Segura na minha mão. Vamos todos decididos. A votar nesta eleição. Pelo retorno do emprego. Pra voltar a produção. Contra a ciranda financeira. Contra a especulação. Contra todas as mentiras. Contra toda pichação. Contra o custo de vida. Contra qualquer inflação.

Contra o rabisco ensaiado. O risco falsificado. Contra um governo omisso. Contra um governo calado. Que vê o povo roubado. E ainda assim nem por isso. Se mostra preocupado. Não apresenta serviço. Nem tampouco resultado. Por isso digo e repito. Nessa próxima eleição. Vamos apagar este risco. Vamos arriscar meu irmão. Vamos fazer o riscado. Riscando esse governo. Um risco para o passado. Por tudo que é mais sagrado. Por tudo que já passamos. De sofrimento um bocado. Por tudo que foi pichado. Na saída e na entrada. Em dois mandatos apenas. Só não colocaram piche. Na estrada esburacada.

Domingos Oliveira Medeiros
Reap. Havia sido suprimido
Reencontrado.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui