aguardo-te
quero teus versos para dizer-me
tudo que te vai na alma
desde esse mergulho de olhares
verdes – castanhos
misturando-se na tarde
e querendo beber na taça da ternura,
no mar da fantasia.
conta-me do que vais me chamar,
fala-me daquela cantiga,
soprando nos ouvidos,
sobrepondo-se ao burburinho vespertino.
ai, que sou poeta
e tudo me vem em versos e sorrisos.
nunca escapo ilesa ao momento.
a doçura do instante
me captura
resisto
resisto para que tu me digas
Brasília, 11 de abril de 2002
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