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Poesias-->ternura pelo mundo -- 11/04/2002 - 21:16 (Tânia Cristina Barros de Aguiar) |
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tenho uma ternura tão grande pelo mundo
nos meus braços cabem meus amores antigos,
- doces fantasmas
os novos
- cujo beijo adivinho
e todos os poemas da minha alma
só me perco quando fico doce
não sei o que fazer com minha doçura
porque é úmida
desassossegada
quer derreter-se
dar-se
e esbarra na minha dureza
de galo de briga
tomei o mundo na mão e disse
- é besta!
minha ternura pelo mundo
não é condescendente
é justa e amorosa
quer ser fêmea
mas perde um pouco de sua languidez
porque domina
quero ser a pura ternura
que reecontro neste momento
de solidão
o rio Preguiças, mangue, dunas,
tudo é entrega perfeita
e me dou o prazer
de estar sozinha
são meus versos que me ligam aomundo
- um mundo doce, barulhento.
me ligam à tua voz, principalmente,
que fica marulhando, enchendo marés,
vazando presenças
no beira-rio tua voz vem - macia
falar-me ao ouvido
rio.
o moço caiu da cadeira
vês? o mundo é feito de ternuras.
nunca vou esquecer seu olhar envergonhado e doce
esparramado no paralelepípedo
juntam moços para olhar a mulher sozinha
sentada no bar
fazendo versos
transbordando ternura
pro mundo
Barreirinhas, 06/04/2002
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