Como fiz constar nesta Usina de Letras, em 20/05/2002,o meu soneto "A DESGRAÇA", que o poeta António Torre da Guia - O LUZINEIRO, teve a nímia gentileza de repetir neste 13/05/2005, muito bem ilustrado e nos brindando com música de fundo cantada por Domenico Modugno - "Stasera pago io" -,foi primeiro classificado no II Concurso de Poesia Conde de Irajá - Rio- RJ, em 1996.
Na época, eu era sócio da Casa do Poeta Lampião de Gás, de São Paulo - SP e publicava meus poemas no Jornal O Fanal, daquela Entidade.
Então, quando recebí o aviso do poeta carioca Varlô Orlô de Oliveira, dando conta do meu sucesso,mandei cópia do referido soneto para o Fanal,na esperança de vê-lo publicado em destaque, como faziam com outros poemas classificados em concursos.
Porém,para minha surpresa e desencanto,recebí foi correspondência dizendo que "o soneto não pode ser publicado,por estar em desacordo com a nossa linha editorial"(ou coisa que o valha). (De falsa moral,diria!).
Fiz carta ao presidente daquela Casa,na época,o poeta Walter Rossi,dizendo-lhe que o soneto trata de um problema social, e,na opinião de vários poetas e poetisas consultados,aqui em Pernambuco,não viam nada de obsceno nele. Pelo contrário, que trata-se de uma abordagem realista do tema,dentro de rigorosos preceitos morais.
Soube,posteriormente, que a censura tinha partido da minha "amiga da onça",poetisa Adélia Victória Ferreira.(De fato,continuamos bons amigos).
Daí,comuniquei a minha desistência de pertencer à Casado Poeta Lampião de Gás,o que,convenhamos,foi uma tristeza...
Moral da estória: a menina pobre andou dando;descreví a sua aventura (ou pior,desventura);a Redatora do jornal foi"caxias" (soube ter "torcido o nariz" quando leu "camisinha"...) e fiquei sem publicar versos no Fanal! |