Usina de Letras
Usina de Letras
62 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62206 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10354)

Erótico (13567)

Frases (50604)

Humor (20029)

Infantil (5428)

Infanto Juvenil (4764)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->A Palavra -- 13/05/2005 - 17:33 (Francisco das Chagas de Sousa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


A palavra



Numa dessas noites em que os vizinhos sentam-se nas calçadas para conversar e, contar histórias vivenciadas e muitas vezes falar de experiências de outros amigos e, até mesmo familiares, seu Manoel Claro, um vizinho daqueles que gostam de falar do passado, que valoriza a família e quer que as tradições sejam mantidas, etc, me contava que na época em que ra jovem trabalhava vendendo farinha e goma na feira livre de Picos época de fatura, em que tudo era barato e, todo mundo ganhava dinheiro.

Certo dia, surgiu um comentário de que me São Miguel do Tapuio a farinha e goma estava sendo comercializado ao dobro do preço de Picos, sendo que na época, estava em torno de 20 réis a carga e, envolvido pelo de ganhar um pouco mais, seu Manoel pegou umas mulas e, preparou-se com várias cargas de farinha e de goma e, saiu o com comboio a fim de comercializar seu produto em São Miguel do Tapuio e, durante essa viagem que lhe durou vários dias, seu Manoel foi especulando os preços para não vender barato a sua farinha e a goma e, foi aí que depois de vários dias percorrendo a estrada sozinho com seu comboio, já próximo do município de São Miguel encontrou umas pessoas que se identificou como comerciante da cidade a que se dirigia e, na ocasião o comerciante perguntou ao seu Manoel o que levava nas cargas e, imediatamente respondeu lhe respondeu democraticamente farinha e goma. O comerciante perguntou se o produto era para vender ou se já tinha destino – respondeu seu Manoel – “É para vender sim e, não tenho compromisso ainda”. O comerciante apressou-se e disse “então a carga é minha, quanto é?”. No momento seu Manoel ficou meio apreensivo, porque não esperava vender sua carga no meio do caminho e, tão rápido. Então parou, pensou e, disse não saber o preço, iria primeiro consultar na cidade o preço do mercado. O comerciante lhe ofereceu uma proposta de 40 contos de réis por cada carga e, com uma proposta irrecusável, seu Manoel vendeu a carga que levava no comboio de animais. O comerciante disse, vá à cidade e procure o comércio tal e, entregue a carga e me espere por lá que à tarde quando voltar à cidade lhe pago. E, assim o fez, ao chegar na cidade, procurou o comércio que tinha sido encaminhado e, entregou a mercadoria que, como estava em dia de feira no povoado, foi logo vendida. Enquanto seu Manoel descarregava a carga de farinha e de goma, as mulheres de São Miguel invadiram os alforges que carregavam com cebolas e alho e, roubaram tudo, mas mesmo assim estava satisfeito pois tinha feito um bom negócio, pois conseguiu dobrar o preço da sua carga.

À tarde o comerciante lhe pagou e, quando se preparava para ir embora, um cidadão lhe encontrara no meio da rua e, lamentava que tinha que pagar uns impostos no Correio, mas o seu dinheiro não era suficiente e, o mesmo não morava naquela localidade, mas em Pimenteiras, local por onde passava seu Manoel no retorno a sua cidade. O cidadão que conhecera a alguns instantes atrás lhe pediu emprestado o complemento do dinheiro, pois quando retornar pode procurar fulano de tal na propriedade tal, na localidade Pimenteiras que lhe pagará e, assim o fez, emprestou o dinheiro e, seguiu caminho. Seu grande, conhecida como a casa do dono da fazenda e, só encontrou a sua mulher, ele ainda não havia chegado e o seu Manoel lhe contou a história. A mulher pediu que se abancasse e, esperasse até que o homem chegasse, pois ela não dispunha daquele dinheiro no momento. Horas depois, o homem apareceu e pagou a dívida a seu Manoel e lhe agradeceu pelo empréstimo e confiança e seguiu viagem, chegando a sua cidade vários dias depois.

Diante desse fato, verídico, percebe-se quanto o homem valorizava seu compromisso, honrando-os com sua palavra. Aonde é que isso pode ocorrer no mundo de hoje.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui