Usina de Letras
Usina de Letras
159 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62266 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10450)

Cronicas (22539)

Discursos (3239)

Ensaios - (10379)

Erótico (13571)

Frases (50655)

Humor (20039)

Infantil (5450)

Infanto Juvenil (4776)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140816)

Redação (3309)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6203)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->LÍDIA -- 10/04/2002 - 21:05 (VANESSA VIEIRA DOS SANTOS) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vem sentar-se comigo, Lídia ,à beira do rio .

Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos

Que a vida passa ,e nõa estamos de mão enlaçadas.

(Enlacemos as mãos )



Depois pensemos ,crianças adultas,que a vida

Passa e não fica ,nada deixa e nunca regressa

Vai para um mar muito longe ,para o pé do Fado

Mais longe que os deuses.



Desenlacemos as mãos ,porque não vale a pena... cansamo-nos

Quer gozemos ,quer não gozemos ...

passamos como o rio.

Mais vale saber passar silenciosamente

E sem desassossegos grandes.



Sem amores,nem ódios ,nem paixões ,

que levantam a voz

Nem invejas que dão movimento demais aos olhos.;

Nem cuidados ,

porque se os tivesse o rio sempre correria.

E sempre iria ter ao mar .



Amemo-nos tranqüilamenbte ,pensando que podíamos,

Se quiséssemos ,trocar beijos e abraços e... carícias

Mas que mais vale estamos sentados ao pé um do outro

Ouvindo correr o rio e vendo-o



Colhamos flores ,pega tu nelas e deixa-as

No colo,e que seu perfume suavize o momento -

Este momento em que sossegadamente não cremos em nada ,

Pagãos inocentes da decadência .



Ao menos ,se for sombra antes ,lembrar-te-as de mim depois

Sem que a minha lembrança te arda ou te fira..

ou te mova

Porque nunca enlacemos as mãos ,nem nos beijamos

Nem fomos mais do que crianças



E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio

Eu nunca terei que sofrer ao lembrar-me de ti

Ser-me-ás suave a memória lembrando -te assim.;

à beira-rio

Pagã triste e com flores no regaço



Ricardo Reis

(FERNANDO PESSOA)











Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui