Choro agora lágrimas de sangue,
Esvaindo-se a vida que restava.
Ódio, desgraça, pura raiva,
A vós meu destino foi entregue.
De meu coração batendo estou farto,
Me entrego demente ao pecado,
E espero, olhando conformado
As paredes tediosas do meu quarto.
Quanto tempo ainda me resta?
O sangue escorrendo pela fresta
Da pele dilacerada deste corte.
Contemplo atento o pulso aberto,
Meu destino agora já está certo,
É a doce salvação da minha morte.
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